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Graziele Mendes


Enxaqueca: saiba como melhorar os sintomas através da alimentação



A enxaqueca é uma dor de cabeça frequente, caracterizada por uma série de sintomas que incluem: crises de dor, Radiofonia (sistema através do qual sons são emitidos e transmitidos, por meio de ondas hertzianas, de mesma frequência das ondas de rádio), fonofobia (medo exagerado ou irracional de barulhos, inclusive os sons normais como o da própria voz, que causam uma série de desconfortos clínicos no indivíduo) , náusea e vômitos.

Estudos identificaram que a enxaqueca é uma doença neurológica com origem no sistema nervoso central e de base genética. Acomete principalmente mulheres entre as idades de 20 a 35 anos. Está associada a uma história familiar da doença. O acontecimento é comum na gestação e na menopausa, embora a gravidez, assim como o uso de anticoncepcionais e reposição hormonal podem desencadear a primeira crise. A genética é um fator importante de predisposição para a patologia.

O estresse é grande rival da enxaqueca, visto que, é o principal gatilho, seguido de alterações na produção de hormônios femininos.

Calcula-se que 20% da enxaquecas sejam gerados por sensibilidade a alimentos. Um alimento pode ser considerado desencadeante quando o início da enxaqueca ocorre nas 6h após a ingestão e quando a retirada do alimento favorece a melhora.

Os alimentos que habitualmente predispõe a enxaquecas as cefaleias são: bebidas alcoólicas, leite e derivados (principalmente queijos maturados), chocolate, cafeína, frutas cítricas, conservas, alimentos fermentados, carnes curadas e processadas, sopas industrializadas, trigo, glutamato monossódico, aspartame. Para algumas pessoas as oleaginosas e a banana também estimulam.

Existem na literatura estudos controversos da relação entre alergias alimentares e enxaqueca, entretanto, sabe-se que a IgG leva a resposta inflamatória quando em contato com o antígeno respectivo, o que poderia estar por trás da causa da enxaqueca para alguns indivíduos.

Os alimentos compostos por aminas bioativas tais como a tiramina, feniltilanina, octopamina, histidina e triptominose podem produzir crises. Elas podem funcionar como anfetaminas endógenas ou falsos neurotransmissores, execultando efeitos específicos seus e não apenas interferem na ação dos neurotransmissores.

Exemplos desses alimentos são: O chocolate que é rico em tiramina, feniltilamina, teobromina e cafeína. Diante disso torna-se um dos principais alimentos relacionado com o desencadeamento das crises por alterar o fluxo sanguíneo cerebral e liberação de norepinefrina. Além dele, outros alimentos ricos em tiramina são: queijos maturados, cerveja, casca de banana, embutidos, molho de soja.

A cafeína provoca constrição das artérias, o que pode causar a enxaqueca. Mas a exclusão da substância também é favorável para cefaléia, pois quando é retirada as artérias se dilatam, aumentando o fluxo sanguíneo cerebral.

O álcool é vasodilatador, todavia o efeito desencadeante esta relacionado ao conteúdo de tiramina e histamina, encontradas no vinho tinto e na cerveja.

As principais fontes de nitratos na nossa alimentação são as carnes curadas e processadas, tais como mortadela, linguiça, salsicha, presunto, peito de peru. Além de provocarem enxaqueca, podem causar redução do oxigênio sanguíneo, maior probabilidade para desenvolvimento de câncer.

Uma alimentação rica em gorduras pode influenciar diretamente na enxaqueca.

O aspartame e a sucralose são usados como edulcorantes (adoça com pouco valor calórico) em muitos alimentos dietéticos e em produtos farmacêuticos. Cefaléia é o principal efeito adverso dessas substâncias.

Para reverter esse quadro, a primeira atitude é saber identificar as substâncias alimentares desencadeantes de crise e sua exclusão da dieta. A eliminação de determinados alimentos é capaz de evitar as crises ou diminuir o número de sintomas. Períodos prolongados em jejum e não pular refeições são importantes para manter os valores de glicemia estáveis, evitando assim as dores de cabeça, já que a hipoglicemia é um fator para tal. Dieta com baixos teores de gorduras colaboram para reduzir a frequência, duração e intensidade das crises.

Evite alimentos curados, defumados, conservas, marinados, queijos maturados, outros laticínios como creme de leite, requeijão, levedura de
cerveja, cerveja, vinho, chocolate, alimentos fermentados, feijão (em excesso), soja, para algumas pessoas: banana, framboesa, coco, berinjela, adoçantes, cafeína, bebidas alcoólicas , a maioria dos pacientes com enxaqueca se beneficia com a exclusão de leite de vaca,.

Agregar alimentos antioxidante e anti-inflamatório é de extrema eficácia, com o intuito de reduzir o estresse oxidativo e a inflamação. Tais alimentos incluem: alho, cebola, romã, frutas vermelhas, azeite de oliva, oleaginosas e sementes, abacate, gengibre, açafrão da terra, pimenta, chá verde. Claro, sempre levando em consideração a individualidade de cada um.

Acrescentar alimentos ricos em fibras, gorduras insaturadas e monoinsaturadas é de grande relevância.

Atenção na ingestão hídrica adequada, visto que a desidratação também é gatilho para enxaqueca.



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Escrito por Graziele Mendes, no dia 15/02/2021

Graziele das Graças T. Mendes


Nutricionista pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva

grazielemendes6@gmail.com
(31) 99880-2324



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