Senhora da Piedade é a segunda maior igreja de Minas Gerais e ponto turístico de Rio Espera
O trabalho realizado em parceria entre Jornal CORREIO, CORREIO Online e Estrada Real FM entra em sua décima segunda semana. O especial “Desbravando o Paraopeba” desta vez está em Rio Espera, para conhecer e conversar com o prefeito reeleito Lúcio Marcos da Silveira (PL). Ele conta que seu primeiro mandato foi muito difícil, ao encontrar uma prefeitura com quase cinco milhões de dívidas. Hoje, com uma situação financeira mais confortável, a prioridade continua sendo os investimentos em saúde, educação e obras, setores em que a população mais precisa de apoio. Confira a entrevista completa, com exclusividade para o Jornal CORREIO.
Houve mudanças no seu secretariado? Em que pastas? E por quais razões?
Até o momento não. Porque o mandato anterior foi bom, conseguimos melhorar muitas coisas. Vou trocar apenas o Transporte. O rapaz, que ocupava o cargo, se candidatou para vereador e teve um resultado esplêndido na votação. No mais, o resto se manteve.
Qual é a situação financeira do município?
Graças a Deus é tranquila. Assumimos o município em 2017, com cinco milhões de dívidas, hoje, pagamos três milhões e o restante foi parcelado, conseguimos estender os prazos. Temos o pagamento dos funcionários sem atrasar nenhum dia. Agora, conseguimos realizar algo que queríamos desde o início do mandato: antecipar o pagamento do dia 10 para o dia 30. Sempre fazíamos o pagamento do funcionalismo público dia 10, mas sempre tínhamos vontade de antecipá-lo.
Qual o balanço do último mandato?
Investimos muito na área da saúde, educação, assistência social. Fizemos um bom trabalho em obras, conseguimos muitas coisas como calçamento, pavimentação, beira de estradas, pontes, galerias. Tenho como objetivo neste novo mandato melhorar a cidade no geral, dar uma cara nova, manter a saúde, educação e assistencialismo e dar continuidade ao que já foi feito.
Quais são os maiores desafios que o senhor e sua equipe vêm enfrentando desde o começo desta gestão?
É mesmo a parte financeira. Assumimos um município com quase cinco milhões de dívidas. Um dos maiores problemas era quando tínhamos recurso na conta e ele de repente não existia mais. O banco de precatórios resgatava todo o dinheiro. Chegamos a ir em BH, conversar com o juiz para resolver a questão. A primeira coisa que foi perguntada era se estava no mesmo mandato ou se tinha mudado. Respondi que tinha mudado, que era meu primeiro mandato, então o juiz nos deixou entrar porque se fosse o antigo, ele não receberia, porque ele fez o acordo e não cumpriu. O desafio é sempre tentar fazer o melhor para que ela fique mais bonita, uma cidade mais acolhedora. Um lugar onde as pessoas cheguem e vejam que é bem administrada. As maiores metas sãos as melhorias nas estradas, além de manter saúde e educação.
Que setores exigem um empenho maior da sua administração? Por quê?
Sempre fica na saúde, transporte e obras. Transporte, em cidade pequena, todo mundo necessita. Para Barbacena, Juiz de Fora, Lafaiete é de segunda a segunda. Saúde não pode parar, tem que vir em primeiro lugar para tudo, ainda mais em uma pandemia, na situação que estamos hoje.
Qual é a base da economia da cidade? O que tem sido feito para fomentar esse setor?
Produção de cachaça, gado leiteiro, pecuária em geral e gado de corte. Com a exigência do pessoal do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), estamos tentando contratar engenheiros para dar suporte aos produtores para desenvolver produtos de melhor qualidade, com marca e mais regularidade na produção.
Que outras atividades são promissoras e podem ser melhor exploradas para gerar emprego e renda?
Hoje, no município é o gado de corte e o gado leiteiro. O leite está em bastante alta também. Temos uma fábrica e várias outras fábricas da região buscam o produto na cidade. Então vamos tentar ajudar. Se der um bom acesso para as pessoas, já é um grande passo para eles desenvolverem mais a produção.
Sua administração já possui traçados para atrair novos empreendimentos para a cidade?
Essa era a vontade dos quatro anos passados e a vontade que continua. Mas é difícil achar quem invista em município pequeno, é complicado. Estamos tentando buscar algum caminho de buscar um investidor que queira produzir no município.
Como tem sido sua relação com a Câmara?
Tenho uma relação muito boa com a Câmara desde o final do mandato passado, quando acabei conseguindo o apoio da maioria dos vereadores. Então hoje é mais fácil administrar.
O que os moradores podem esperar da sua administração?
Confiaram em mim para dar continuidade aos trabalhos. Então, pretendo superar a expectativa do povo e dar sequência ao que conseguimos fazer no mandato passado. Queremos superar o melhor, fazer mais. No mandato passado, fizemos um programa levando a prefeitura nas comunidades, marcávamos com eles e íamos lá visitar. Temos 22 comunidades no município. De 15 em 15 dias visitávamos uma comunidade. Com a pandemia, tivemos que parar o projeto. Essa visita era para discutir as necessidades daqueles locais. Quando a pandemia for controlada, vamos terminar o que ficou faltando. Vamos voltar àquelas comunidades, ver o que foi feito, o que ficou faltando e o que precisa ainda ser feito.
Suas considerações.
Quero agradecer a população do município que confiou em mim novamente. Pretendo dar continuidade ao meu trabalho pela aceitação do povo que quer que eu continue, porque o que fiz no governo passado foi bom. Isso é aceitação do mandato. Ficamos muito satisfeitos com isso. Vamos com certeza fazer um trabalho ainda melhor, mostrar que somos capazes de fazer e deixar a população ainda mais satisfeita, com um lugar melhor para se viver.
Lúcio Marcos da Silveira pretende investir em produtos da própria região; Matriz de Nossa
Conheça Rio Espera
Localizado no Vale do Piranga, encontra-se o município de Rio Espera, a 62km de Conselheiro Lafaiete. Com pouco mais de cinco mil habitantes, é famoso pela produção de cachaça mineira, com vários alambiques tradicionais. Para o turismo, diversas fazendas históricas que conservam características do período colonial ficam abertas para visitação, além de belas cachoeiras.
Aleijadinho, conhecido em todo o país por seu trabalho no Barroco, chegou a morar na cidade, que abriga algumas obras de seu acervo. Ao artista foi atribuída a obra Pietà, em italiano ‘piedade’, representando a Virgem Maria com o corpo de Jesus morto nos braços. A imagem recebeu esse nome em alusão à Michelangelo, artista renascentista e criador da imagem original. O Pietà de Aleijadinho pode ser visto na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, construção histórica classificada como a segunda maior igreja de Minas Gerais.
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Acompanhe na próxima edição do Jornal CORREIO a entrevista com o prefeito eleito de Congonhas, Cláudio Antônio de Souza (MBD).
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Postado por Frances Elen, no dia 20/04/2021 - 18:07
