A cultura do cancelamento nas redes sociais

Cancelar uma pessoa é uma prática usada nas redes sociais nos últimos anos, é a “cultura do cancelamento”. O termo é usado para deixar de seguir ou de ser fã, após o famoso falar ou fazer algo que tenha uma repercussão negativa.

Como funciona isso? Vários famosos, pessoas em destaque nas redes sociais, influenciadores, marcas, são excluídas, canceladas, para determinada pessoa, ou até mesmo grupos, fazendo com que estes sejam punidos, perdendo seguidores, contratos, patrocínios.

Em 2019, durante férias na Disney, no trem que leva aos parques o cantor funkeiro MC Gui postou um vídeo em que zomba da aparência e da vestimenta de uma garotinha e o vídeo viralizou. Algum tempo depois a repercussão foi gigantesca, e a grande maioria condenou a atitude do Mc. Marcas de roupas, contratos para shows, cancelaram a parceria com o cantor, além dos fãs que não o perdoaram pela atitude. Eis um exemplo da “cultura do cancelamento”, onde as pessoas erram em algumas de suas atitudes e sofrem as consequências.

A pessoa é cancelada quando ela fez algo errado, que não é tolerado pelo público. Os assuntos para cancelamento vêm dos mais diversos temas como: denegrir a imagem de alguém, racismo, intolerância política ou religiosa, homofobia entre outros. Quase sempre vemos famosos das redes sociais, celebridades da tv, defendendo suas opiniões e que nem sempre são bem aceitas pelo público. A internet pode ser implacável com quem erra, a facilidade de compartilhamento, forma uma grande corrente, gerando repercussão imediata.

Outro caso de cancelamento, em 2020 a influenciadora digital Gabriela Pugliesi, organizou uma festa em sua casa em São Paulo e recebeu vários convidados, ela havia sido infectada pela covid-19 e curada. Em momento de isolamento social, sua festa, em momento indevido, custou caro, criticada nas redes sociais, perdeu parcerias, seguidores, contratos com patrocinadores.

O tema é recente, na 21ª edição do reality show Big Brother Brasil da Tv Globo, o caso aconteceu com a rapper paranaense Karol Conká participante do programa, ela não foi bem vista por parte do público por conta do tratamento com dois dos colegas da casa. Lucas Penteado, contra o qual ela xingou com termos inadequados, o ofendendo e o fez sair da mesa durante a refeição. Se ainda não bastasse, desta vez contra a advogada Juliette, também participante da casa, Karol disse que a colega era mal educada, por ter vindo do estado da Paraíba no Nordeste e ainda imitou o sotaque da paraibana. A repercussão foi enorme, e ainda dentro da casa Karol Conká teve prejuízos devastadores. O canal fechado GNT suspendeu o programa de Karol, “Prazer Feminino”, por tempo indeterminado. Um fã clube da artista desativou sua conta no twitter.

É uma onda que não existem regras, dificultando a convivência social nesse sentido. De certa forma, a cultura do cancelamento, por estar em um ambiente público, traz a oportunidade das pessoas entenderem as questões e criar suas opiniões. Ou serem influenciadas por outras pessoas ou fake news.

Afinal, o cancelamento pode ser entendido como algo bom e ruim ao mesmo tempo. Ruim tendo em vista que as pessoas precisam se manter vigilantes constantemente e não podem errar, podendo desabar com uma carreira inteira. Por outro lado, pode ser bom e esse julgamento do público faz com que as pessoas da mídia não extrapolem os limites e filtre o que devem postar em suas redes, não gerando um desserviço e influenciando de forma negativa o seu público. Ainda há muito a ser feito em relação a esta nova cultura do cancelamento, é necessária a criação de regulamentos específicos sobre o tema, também é preciso educação e conscientização.

Deixe um comentário com sua opinião sobre este assunto. Um grande abraço e até breve.

Claudiano Dutra - Professional Coach

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