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Pesca


Turma dos Ô Quêêê desvenda o rio Negro



Na semana de 14 a 21 de novembro, 28 pescadores da Turma dos Ô Quêêê se aventuraram a participar de uma pescaria no Norte da Amazônia, mais precisamente no Rio Negro e seus afluentes, chegando até à foz do Rio Branco, no estado de Roraima (RO).

Preparação

A preparação da pescaria começou ainda no final de 2014, logo após a ida do grupo à Argentina naquele ano. Várias reuniões foram realizadas, novos companheiros agregados, constante troca de ideias sobre dicas, tralhas, experiências, contratações de barco ho­tel, ônibus para o aeroporto, confecção de camisas e compra de seguro foram algumas das atividades realizadas ao longo do ano.

Foi realizado ainda, por alguns, o treinamento de arremessos com iscas artificiais, desenvolvido no Hotel Fazenda da Lagoa em Queluzito, ministrado pelo instrutor Praynha, do site ?Praynha Pesca Esportiva?, o que trouxe maior habilidade aos que participaram dos cursos.

O grupo

Os pescadores que participaram dessa aventura foram: Adalberto, Adriano Ruas, Alexandre, Anésio, Carlos Amorim, Enir, Fábio Ordones, Fernando Praynha, Francisco Stockler, Hélio Ciriaco, Itamar, Jairinho,  João Batista Lobo, João Paulo Bittencourt, Joel, José do Carmo, José Silvestre, Luiz Ramalho, Mauro Lúcio, Mauro Moreira, Paulão, Rafael Ângelo, Rafael Grassano, Ramon, Raul, Tarcísio Araguaia, Tarcizo Lobo e Valtinho.

Os pescadores Adriano, Francisco e Raul foram os novatos, participando pela primeira vez de uma pescaria da turma. Como excelentes pessoas que são, foram acolhidos com muito carinho pelo grupo e puderam desfrutar dessa grande família de pescadores.

A viagem

Em um ônibus contratado da empresa Saritur Turismo, o grupo foi levado na madrugada do dia 14, ao Aeroporto de Confins, onde se encontrou com outros que foram direto para lá. A viagem pela TAM foi bastante agradável e sem quaisquer incidentes, com uma escala em Brasília onde trocamos de avião. Chegamos a Manaus em torno das 11h30 (horário local, que é duas horas a menos que aqui), e fomos recebidos pelo guia Charles e sua comitiva, da operadora CE Turismo da Amazônia, que nos conduziu ao ônibus, indo direto do aeroporto até o barco-hotel Anna Clara, já ancorado no píer próprio da empresa. Os integrantes da tripulação nos ajudaram a embarcar as nossas bagagens e, rapidamente, já estávamos navegando pelas águas do Rio Negro. Viajamos por toda a tarde e noite, parando na manhã seguinte para o primeiro dia de pes­ca, tendo o barco-hotel se movimentado e parado conforme o planejamento da pescaria até chegar ao destino final perto da foz do Rio Branco.

Barco-hotel

O iate Anna Clara é um espetacular barco de passeio, adaptado para pescaria, composto de 14 suítes com ar condicionado e banheiro privativo e ainda outros aposentos para a tripulação. Possui ainda cozinha, restaurante, sala de estar e área com mesa para bate papos. A tripulação é composta de um comandante (Jander), um prático (Márcio), um marinheiro (Amarildo) e mais quatro pessoas que comandam o barco de uma forma geral. Tinha ainda dois garçons, um gerente (Charles) e quatro cozinheiras/camareiras, além de 14 piloteiros que serviram a cada dupla de pescadores.

As refeições servidas (café da manhã, almoço e jantar, além de tira gostos diversos) foram do agrado de todos os pescadores. As bebidas: água, cerveja e refrigerantes também eram liberadas, além de alguns litros de bebida destilada, tudo isso incluído no pacote que adquirimos. Vale ressaltar a qualidade do serviço fornecido pela CE Turismo da Amazônia, tratando muito bem os pescadores durante toda a viagem. Na quarta-feira, o grupo foi surpreendido com um luau, à noite, numa praia do rio, onde foram colocadas iluminação, mesas e cadeiras e um delicioso churrasco foi oferecido pela operadora, muito apreciado pelo grupo.

A pescaria

A pescaria se desenvolveu ao longo do Rio Negro e seus afluentes e ?paranás? (como são chamados pelos nativos, todos os desvios do rio principal), bem como em alguns lagos ao longo do percurso. Foram pegos muitos tucunarés nas iscas artificiais, embora de tamanho aquém das expectativas do grupo. Os maiores foram de cinco quilos. Mesmo assim as ações foram muitas e apreciadas por todos. Foram pegos ainda muitos peixes de couro, com destaque para as pirararas e piraibas. Muitas linhas arrebentadas e muitos peixes perdidos faziam parte dos relatos diários dos pescadores. O fato de não ter tido ações dos grandes tucunarés, foi explicado pelos piloteiros como, causado pelo fenômeno chamado de ?repiquete?, que consiste na subida repentina das águas, deixando os peixes menos ativos. O Rio Negro subiu mais ou menos um metro nas semanas que antecederam a pescaria.

Os campeões da pescaria foram:

Maior peixe de couro: paraíba de 36,5 quilos, pescada pelo pescador Rafael Grassano;

Maior Tucunaré: pescadores Francisco e Raul, cada um com um peixe de cinco quilos;

Maior quantidade de peixes: dupla Anésio e Valtinho

Retorno a Manaus

No dia 19 de novembro, iniciamos nosso retorno a Manaus, viajando novamente a noite inteira e chegando ao nosso destino por volta das 9h do dia 20. O ônibus que nos levaria ao hotel já estava nos esperando e, por volta das 11h, já estávamos hospedados no Hotel Amazônia Tower, no centro de Manaus.

Turismo

Onze pescadores do grupo resolveram visitar o famoso encontro das águas do Rio Negro com o Solimões e ainda ver a alimentação dos botos e a pesca virtual dos pirarucus (chamada de pesca virtual, pois os pirarucus são confinados em pequenos poços e com uma vara sem anzol, só com a isca, dão verdadeiros shows a quem se aventura nesta inusitada ?pescaria?). Os pescadores que foram direto para o hotel, fizeram visitas ao mercado dos peixes, ao porto de Manaus e ainda ao Mercado Central, onde se vendem muitos artigos de artesanato. À noite alguns foram ao Teatro Amazonas assistir a uma peça do ator Malvino Sal­vador, e outros foram a bares e restaurantes da cidade.

Retorno a Lafaiete

Na manhã do dia 21 rumamos para o aeroporto de Manaus, de onde decolamos às 12h07 (hora local), passando por Brasília e chegando a Confins por volta das 19h40. O ônibus da Viação Saritur já estava nos esperando e, após o carregamento das bagagens, saímos para Lafaiete onde chegamos por volta das 22h30 encerrando mais esta aventura das Turma dos Ô Quêêê.


José Silvestre Vieira

Aposentado e pescador



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Escrito por Pesca, no dia 18/12/2015




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