Tracajás no rio Negro

Fomos pescar no Amazonas. Este ano nosso grupo Tracajás contou com 22 pescadores, alguns de primeira viagem, como Léo Adami e Jairo. A região escolhida foi o médio rio Negro, entre os municípios de Novo Airão e Barcelos. Embarcamos em Manaus no barco Mãe Maria, logo após nossa chegada começamos a subir o Negro.

No segundo dia de viagem, já iniciamos a pescaria, no rio Negro e seus afluentes, Apuau, Camanai, Jauaperi, Carabinani, Jaú e Unini. Nosso objetivo era chegar ao rio Branco, afluente da margem esquerda, já próximo ao município de Barcelos, divisa dos estados do Amazonas e Roraima, famoso pela grande quantidade de peixes de couro. Infelizmente, devido à seca do rio Negro, não conseguimos chegar nem na boca do rio Branco.

Apesar da seca dos rios, nossa pescaria foi incrível, com tucunarés muito ativos, assim como os grandes bagres amazônicos, pirararas, piraíbas e jaús. Todo o grupo pegou muitos peixes, que foram fotografados e soltos como de costume. Até os pescadores de primeira viagem, sem experiência nesse tipo de pesca, foram felizes, fisgando grandes peixes.

Como é de costume, na noite do último dia de pesca, fizemos a premiação com troféus para o maior peixe solto, nas categorias escama e couro. Na categoria escama, foi vencedora a dupla Molina e Nereu, com um tucunaré de 71 cm. Já na categoria couro, venceu a dupla Paulo André e João Carlos com uma piraíba de 117 cm. Ao final de seis dias inteiros e intensos de pesca, retornamos a Manaus para pernoite e descanso, e retorno em viagem tranquila para Lafaiete.

Conheço a região há oito anos, pescando lá varias vezes e nunca vi os rios tão baixos. Apesar disso, nossa pescaria foi um sucesso, principalmente porque a maioria do grupo não conhecia o rio Negro e todo mundo pegou e soltou muito peixe. Não posso deixar de destacar o tratamento excelente que o grupo recebeu, tanto pela tripulação como pelos piloteiros do Mãe Maria, barco de alto nível. A família Tracajás já está pensando no destino da pescaria de 2016.