TEMPO
Há de existir purificação.
E seja possível a gênese do que
não se toca.
Solidão é assim. Intátil.
E publicada entre outras coisas,
desconfiada, segue uma saudade.
Há de existir purificação.
E pouca valia tenha, então,
esse absinto morno que não passa,
que não eleva.
Que seja depuração das mãos
das mãos de toda assinação.
Foram assinaturas irrestritas.
Absolutas.
Perdidas.
Muita madeira atravanca
o restante de tanto fogo.
Foi representação tua
ou perdão demais?
Há de existir purificação.
Há de existir tempo
que possa consumir o próprio tempo.
Silvio Lopes de Almeida Neto.
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Escrito por Silvio Lopes, no dia 12/01/2020
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