Crédito: Marcelo Camargo
O mercado de trabalho brasileiro registrou uma nova marca histórica de recuperação. A taxa de desemprego recuou para 6,4% no terceiro trimestre de 2024, o menor índice para o período desde o início da série histórica, em 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com um contingente de 7 milhões de desempregados, a queda na desocupação reflete uma diminuição em relação ao segundo trimestre, que registrava uma taxa de 6,9%. Esse movimento confirma a recuperação gradual do mercado de trabalho pós-pandemia, impulsionada pela demanda crescente em diferentes setores econômicos.
Resultado Surpreende o Mercado
O novo índice ficou ligeiramente abaixo das previsões de analistas, que projetavam uma taxa de 6,5% para o período, de acordo com a Bloomberg. Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, destacou que o resultado está ligado à “contínua expansão dos contingentes de trabalhadores que estão sendo demandados por diversas atividades econômicas”.
Impactos na Economia e Riscos para a Inflação
A recuperação do emprego e o aumento da renda das famílias têm impulsionado o consumo interno, uma das principais forças que movem o Produto Interno Bruto (PIB). Contudo, o crescimento da demanda por bens e serviços acende um alerta entre os economistas: a alta no consumo pode exercer pressão sobre os preços, dificultando o processo de desinflação.
Comparação com Anos Anteriores
O nível de desemprego atual é o mais baixo para o terceiro trimestre desde que o IBGE começou a série histórica. Em comparação, uma taxa inferior só foi registrada em dezembro de 2013, quando o índice chegou a 6,3%. Esse cenário reforça a força do mercado de trabalho atual, que se mantém resiliente, apesar dos desafios econômicos globais.
A Evolução da Taxa de Desemprego
Apesar do avanço contínuo, o IBGE lembra que não é recomendada a comparação entre trimestres móveis com meses repetidos, como ocorre entre agosto e setembro. O trimestre móvel encerrado em agosto registrava uma taxa de desemprego de 6,6%, indicando uma leve queda na desocupação até setembro.
O cenário atual, embora positivo, exige cautela dos formuladores de políticas econômicas, que devem equilibrar o estímulo ao crescimento com o controle dos preços, evitando pressões inflacionárias que possam comprometer o poder de compra da população.
A recuperação do mercado de trabalho é uma boa notícia para milhões de brasileiros, mas o impacto sobre a inflação será uma variável-chave a ser monitorada nos próximos meses.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 03/11/2024 - 13:20