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Cultura


Mostra de Cinema de Tiradentes lançará sete filmes



Foto: Leo Lara/Universo Produção – Blog do Arcanjo


 

A 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes, a ser realizada entre 19 e 27 de janeiro de 2024, anuncia a seleção de mais uma edição da Mostra Aurora, consolidado como o principal espaço de invenção do cinema brasileiro contemporâneo. A Aurora é a seção do evento dedicada a filmes feitos por realizadores com até três longas-metragens na carreira e que se caracteriza por trabalhos estéticos e narrativos singulares.

Como de praxe, são sete filmes inéditos no País, a maioria em pré-estreia mundial, escolhidos pela curadoria coordenada por Francis Vogner dos Reis e composta nesta edição por Tatiana Carvalho Costa e Juliano Gomes e assistência de Rubens Anzolin.

Os filmes na Mostra Aurora 2024 são: “Eu Também não Gozei” (SP), de Ana Carolina Marinho; “O Tubérculo” (SP), de Lucas Camargo de Barros e Nicolas Thomé Zetune; “Maçãs no Escuro” (SP), de Tiago A. Neves; “Sofia Foi” (SP), de Pedro Geraldo; “Not Dead” (BA), de Isaac Donato; “Lista de Desejos para Superagüi” (PR), de Pedro Giongo; e “EROS” (PE), de Rachel Daisy Ellis. Todos eles vão ser avaliados pelo Júri Oficial e concorrem ao Troféu Barroco e a prêmios de parceiros da mostra.

O curador Francis Vogner destaca que, se há elementos em comum nos filmes, está justamente nas buscas por investigarem expressivamente as imagens para acharem algo novo, que se completa exatamente na projeção do filme. De documentários de dispositivo a ficções conspiracionistas, os longas-metragens da Aurora nesta edição se aproximam por suas ousadias. “Num momento em que discutimos tanto a diversidade, e essa diversidade é fundamental em todas as instâncias criativas, é importante estarmos atentos também na presença disso dentro das formas de expressão, na escolha por como se construir um filme”, reforça Francis.

“Eu Também não Gozei” (foto) é um documentário sobre uma mulher grávida num périplo em busca do pai de seu filho, enquanto passa o período de gestação sozinha. A câmera a acompanha no processo, e seu registro se dá numa construção narrativa a partir de sua aproximação e distância da personagem. A diretora Ana Carolina Marinho foi roteirista da ficção “A Mãe” (Cristiano Burlan, 2022).

“Tubérculo” é filmado em película Super-8 e se envereda pelo cinema de invenção radical e poética para seguir um ator que deixa Lisboa para retornar à cidade natal no interior do Brasil após a morte da avó e é assombrado uma herança maldita e por seu primeiro amor. A dupla de diretores Lucas Camargo de Barros e Nicolas Thomé Zetune exibiu um filme anterior, “O Pequeno Mal”, em 2018 no Festival de Brasília.

“Maçãs no Escuro” mergulha na vida do dramaturgo Edson Aquino, cuja trajetória é registrada por uma equipe de documentaristas estrangeiros enquanto comemora seus 35 anos de carreira. Produzido na cidade de Diadema, na região metropolitana de São Paulo, com direção de Tiago A. Neves, o filme mescla o retrato e o experimentalismo para transmitir os sentidos de seu personagem e daquilo que ele significa diante das câmeras.

“Sofia Foi” segue o último dia de uma personagem suicida em cenas com tempos dilatados e densos que sempre contém algum tipo de acontecimento, mínimo que seja, numa trajetória derradeira de crise de identidade e angústia geracional. Com trajetória na fotografia, o diretor Pedro Geraldo estreia como diretor de longa-metragem e foi premiado no FIDMarseille, na França, em 2023, com este primeiro trabalho.

“Not Dead” vira sua câmera para a inusitada resistência punk na Bahia e faz isso com serenidade e rigor de construção, mesclando intimidade e delicadeza na abordagem de uma crise geracional detectada na relação formal do filme com seus personagens e o tempo próprio que eles exalam. O diretor Isaac Donato venceu a Mostra Aurora em 2021 com um filme igualmente rigoroso e atento ao que filma, “Açucena”.

“Lista de Desejos para Superagüi” documenta Marcelo, pescador de 70 anos no litoral sul que ainda não conseguiu se aposentar. Ele é um homem-farol que aponta luz para Superagüi e ilumina os desejos terrenos de seus moradores. A atmosfera do filme se aproxima do neorrealismo na densidade poética de suas imagens e abordagens. Pedro Giongo, diretor, vem de uma ampla experiência como montador, inclusive tendo sido premiado na função em 2019, por “Alice Junior”, no Festival de Brasilia.

“Eros” é um documentário de dispositivo articulado com imagens de pessoas frequentadoras de motéis que, convidadas a se filmar durante uma noite, compartilham seus vídeos para a estruturação do filme. A diretora Rachel Daisy Ellis estreia na função depois de uma premiada trajetória como produtora, incluindo os filmes “Doméstica” (2012), “Boi Neon” (2015) e “Divino Amor” (2019), todos de Gabriel Mascaro.

Fonte: Diário do Comércio




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Postado por Rafaela Melo, no dia 26/12/2023 - 14:30


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