Projeto solidário ajuda produtores da região na pandemia

A quarentena, provocada pelo coronavírus e que já se estende por mais de três meses, tem deixado muitas famílias e trabalhadores em situação de risco financeiro. Um desses segmentos, diretamente afetados por este momento, são os pequenos produtores rurais, que dependem de feiras para vender seus produtos. O projeto Rede Solidária surge, então, para ajudar esses agricultores a venderem seus produtos pela internet, cultivados na agricultura familiar e sem uso de agrotóxicos. O projeto já atende 50 clientes na cidade e as encomendas são semanais.

O coletivo de jovens Lafa Mob, em parceria com os coletivos PermaLafa, Manifesto Jovens Políticos e Casa Tereza Atelier iniciaram o projeto Rede Solidária, que visa diminuir os efeitos da pandemia em Lafaiete. Esse projeto busca, entre outras coisas, combater a desigualdade social, incentivar e fortalecer o produtor da agricultura familiar, levando alimentos para as famílias em situação de risco, além de promover uma alimentação natural e mais saudável. Fundamentados nos conceitos de permacultura, o projeto conta com vários apoiadores, que estão consumindo produtos diretamente da horta de agricultores em Itaverava e Rio Espera.

Com apoio do professor Francis Mouton, o projeto também realiza doações de cestas para entidades como Só Amor e Matemática e Solidariedade, garantindo a várias famílias carentes uma alimentação de qualidade. Os produtos para doação são fornecidos pelos próprios produtores e consumidores, pois, a cada 10 cestas compradas, duas são encaminhadas para doação.

Francis conta que também está se dedicando a implementar hortas comunitárias na cidade para ajudar no projeto: “Há muito tempo sonho com hortas comunitárias onde as associações de bairros ou igrejas se convencem da importância do consumo da alimentação saudável pela nossa população mais carente. Aqui em Conselheiro Lafaiete, há muito tempo funcionam as hortas comunitárias nos bairros São Benedito e JK. Também em algumas escolas surgiram algumas hortas educativas, mas funcionando apenas no período letivo. Em Rio Espera, conheci a dona Inhamaris que tem um terreno enorme e ocioso. Propus a implantação da horta comunitária e ela concordou. Mas eram necessárias outras parcerias. Coincidência ou não, fiquei conhecendo o Rogério, da PermaLafa. Com ideias e sonhos de um e de outro, criamos a horta agroflorestal comunitária. Agora, com vários auxiliares voluntários, o projeto vai tomando corpo”.

Essa iniciativa ajuda as famílias das zonas rurais que estão impossibilitadas de vender seus produtos em feiras ou em escolas. As vendas são realizadas pela internet, através do preenchimento de um formulário em que o cliente escolhe quais produtos deseja para a semana. As opções são variadas, desde frutas e legumes até chás, pães, roscas veganas e produtos naturais, como desodorante e pasta de dente. As cestas podem ser retiradas na Casa Tereza Atelier ou entregues em casa, com uma taxa de entrega simbólica. As encomendas são semanais e o link do formulário é enviado pelo WhatsApp.

Serviço

Siga o projeto no Instagram @redesolidarialafaiete

As encomendas são feitas através de um formulário online e as cestas podem ser retiradas na

Casa Tereza Atelier ou entregues em casa,

com uma taxa de entrega simbólica.