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Comunidade


Sem controle, pombos voltam a povoar escola Júlia Miranda e Centro do Idoso

Mães se mobilizam contra a infestação e pedem providências à direção do educandário; no Museu, projeto teve que ser cancelado




A quantidade de pombos na escola municipal Júlia Miranda Nogueira, no bairro São João (zona sul), que já havia sido denunciada pela Jornal CORREIO em setembro, voltou a preocupar as mães de alunos. Na edição 1489, o Jornal CORREIO publicou uma matéria sobre a quantidade de doenças que a ave pode transmitir e também a infestação do animal em vários pontos da cidade, entre eles, o educandário. Após a divulgação da matéria, algumas mães entraram em contato com a nossa Redação, fazendo um apelo aos setores de Saúde para que se resolva o problema.
Segundo informaram as mães, na escola, as aves circulam por toda parte, principalmente no telhado e próximo a quadra. A ajudante de cozinha, Eliete das Graças Oliveira, 55 anos, voltou a relatar, como da primeira denuncia, sua preocupação com a neta de 7 anos, que estuda na Júlia Miranda: “São muitos pombos. Vemos eles por todos os lados. Depois que li a matéria no jornal fiquei ainda mais atenta, porque são muitas crianças expostas às várias doenças. Estamos preocupadas com isso”, reforçou dona Eliete, pedindo providências à direção e também à PMCL.
Para a manicure Patrícia das Graças de Paula Vieira, de 45 anos, as aves colocam em risco não só os alunos, mas toda a população a sua volta: “Temos que pensar nas crianças, nos funcionários da escola e também nos moradores vizinhos da escola. Todos estão expostos a esses transmissores de doença. O passeio da escola fica cheio de fezes. É feita a limpeza todos os dias, mas não resolve”, disse.
A diretora do educandário, Fabiana Lemos Pereira Maia, informou, na época da denúncia, à nossa Reportagem, que tem conhecimento da invasão dos pombos na escola. Segundo ela, desde que assumiu a direção vem tomando providências: “Sabemos que esse não é um problema somente da escola. Tem infestação de pombos em diversos pontos da cidade. Em nossa área externa, colocamos uma tela, vedamos o acesso ao telhado e orientamos as crianças para não alimentá-los. Com essas ações, conseguimos reduzir muito a presença deles aqui na escola, mas ainda falta muito a ser feito”.
Denúncia no CRI

Denunciada frequentemente pelo Jornal CORREIO, a infestação de pombos na cidade está trazendo mais um transtorno. Além da rodoviária, fim da rua Marechal Floriano Peixoto, escola Júlia Miranda e perto da sede da Amalpa, desta vez o problema é no prédio onde funciona o Centro de Referência do Idoso (CRI) e onde era desenvolvido um projeto social de Taekwondo. Segundo informações, o espaço público, que fica na rua Quincas Alves, no bairro Museu (região nordeste), está tomado pelos pássaros e a quantidade de fezes fez com que algumas salas fossem inutilizadas.

Pombos são transmissores de inúmeras doenças

Os pombos são potenciais fontes de zoonoses como a meningite, criptococose, histoplasmose, clamidiose, ornitose, salmonelose, dermatites e alergias”, detalha a gerente de Vigilância Ambiental da cidade, Juliana de Oliveira Villela. A principal fonte de infecção é o acúmulo de fezes secas contaminadas, que por meio de aerossóis podem ser inalados por pessoas, mas seus ninhos e penas ainda abrigam piolhos, ácaros, percevejos e carrapatos.
Por essas razões, o controle populacional desse animal tem se tornado uma preocupação constante em Lafaiete e outros pontos do país. Um dos caminhos para isso passa pela conscientização das pessoas, que devem ser esclarecidas sobre os principais aspectos de vida dos pombos e suas implicações à saúde pública. O alerta pode parecer até cruel, mas é necessário: alimentá-los faz com que essa ave, já considerada por muitos como uma ‘praga urbana’, torne-se cada vez mais presente fora do seu habitat natural: “Existe uma variedade de medidas de controle populacional de pombos. Porém, as ações não devem visar a eliminação total dessa espécie, mas um equilíbrio entre ambiente urbano e animal. Trabalhos realizados no Brasil apontam que apenas a supressão da fonte de alimentação alternativa tem resultados significativos na diminuição do contingente de aves em um curto espaço de tempo. A isso, deve-se associar a educação da população, telas nos forros dos telhados e a limpeza do local com grande população de pombos”, pontua.

Mais informações você pode obter no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Rua Pedro Camargo, 240, São Sebastião. Telefone: 3769-2229.

 




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Postado por Redação, no dia 28/11/2019 - 14:02


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