Nos últimos dias, os noticiários reportaram a morte de quatro pessoas em decorrência da Febre Maculosa no estado de São Paulo, além de, infelizmente, dois casos suspeitos em Lafaiete. Cães e gatos, também podem contrair a doença. Por isso, na coluna desta semana, vamos explicar o que é a doença, sua transmissão, tratamento e formas de proteger os animais de estimação e consequentemente os seres humanos.
A Febre Maculosa é transmitida pelo carrapato-estrela, infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Esse tipo de carrapato não é comum, ele faz parte da espécie Amblyomma cajennense, que normalmente é encontrada em animais de grande porte, como bois, cavalos e capivaras. Os animais de pequeno porte como coelhos, gambás, aves domésticas, cães e gatos também podem ser picados pelo carrapato.
Dessa maneira, a transmissão poderá ocorrer tanto no meio rural quanto no urbano. Uma vez que qualquer carrapato infectado pela bactéria poderá transmitir a doença para os animais e para os seres humanos. É importante explicar que os animais não transmitem a doença para os seres humanos. O que ocorre é a proliferação dos carrapatos no ambiente, que poderão picar tantos os animais que se encontram no meio rural, o cãozinho que passeia por uma trilha ou o ser humano que caminha em uma região com mato mais alto.
Tais exemplos são necessários, pois algumas pessoas acreditam que os cães e gatos poderão transmitir a febre maculosa para os tutores, gerando uma compreensão errada sobre a transmissão da doença.
Sintomas e tratamento
Com relação aos sintomas, a Febre Maculosa nos cães e gatos pode ser caracterizada pela presença de manchinhas avermelhadas pelo corpo, que são difíceis de serem observadas por conta dos pelos. Outros sinais importantes que podem ser percebidos são mialgia (dores pelo corpo), febre, vômitos, diarreia, letargia. Alguns animais entram em quadros de anorexia por conta da perda de peso. Esses sinais podem demorar entre 2 a 14 dias para se manifestar. Diferentemente dos humanos, os animais não relatam as dores, por isso, a observação é decisiva para que o quadro da doença não evolua. Na dúvida, sempre recorra ao médico veterinário. A doença ocorre mais em cães, sendo mais raros casos em gatos.
O tratamento da doença pode ocorrer em qualquer fase e é feito com a administração de antibióticos, prescritos pelo médico veterinário. Em casos mais graves, os animais além de medicamentos, poderão passar por fluidoterapia para sanar a desidratação e até mesmo transfusões de sangue em casos de hemorragia.
Para proteger o animal da febre maculosa a melhor saída é o uso de medicamentos, vulgarmente, conhecidos como antipulgas/carrapatos, que apresentam uma cobertura de proteção que pode durar algumas semanas e até alguns meses. Esses medicamentos atuam no organismo dos pets por meio de substâncias que podem matar o carrapato, ainda que já tenha havido contato com a pele do animal.
Hoje, temos medicamentos orais e tópicos no mercado com ótimos resultados. Outra forma de proteger o seu pet é evitar levá-lo em ambientes mais propensos à presença de carrapatos como trilhas e locais de cavalgada. Junho e novembro são os meses do ano com maior índice de casos da doença, por isso fique atento e proteja seu animalzinho.
A Febre Maculosa é transmitida pelo carrapato-estrela, infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii
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Escrito por Cuide bem do seu Pet, no dia 30/06/2023
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