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Renata Assis


Saúde emocional da mulher



Em 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher, data que marca uma série de lutas e conquistas. Nós, mulheres, sabemos da nossa importância na sociedade. Embora ainda soframos com heranças históricas do sistema social patriarcalista, estamos conseguindo aumentar nosso espaço nas estruturas sociais, abandonando a figura de frágil e assumindo postos de trabalhos importantes.

Sabendo desses grandes desafios que enfrentamos diariamente em busca de uma sociedade mais igualitária, muitas vezes, nos sentimos cansadas, desesperançosas, desprotegidas e desvalorizadas. Diante de tantos desafios, precisamos estar atentas às nossas emoções. Por isso, vamos conversar um pouco sobre a sua saúde emocional. Você se considera uma mulher saudável? Tente pensar em todas as áreas de sua vida. Conseguiu refletir?


Ser saudável não é sinônimo de não ter doença. Atualmente, não se pode falar de saúde sem falar de uma área importante de nossas vidas: o emocional. Até porque nosso corpo e nossa mente funcionam em sintonia. A saúde emocional é caracterizada pela capacidade que cada pessoa tem de reconhecer suas próprias emoções e comportamentos, e de criar estratégias para lidar com eles ou modificálos, ou seja, a forma como nos relacionamos com as pessoas, como reagimos diante de uma situação, como reconhecemos nossos sentimentos e nossas experiências, entre outros.

Neste texto, vamos destacar a saúde emocional das mulheres por dois motivos: o primeiro deles, como já me referi, é pelo Dia Internacional da Mulher. E o segundo, porque os transtornos psíquicos, como a depressão e a ansiedade, são mais presentes nas mulheres, segundo os estudos na área.

Ao longo da história vemos uma mudança importante e significativa no papel da mulher na família e na sociedade, com a entrada no mercado de trabalho e na vida acadêmica, por exemplo. Logo, a mulher passou a desempenhar inúmeras funções e acumular diversos papéis. Além disso, lembrando da sintonia que falamos mais acima entre corpo e mente, temos os hormônios. Quem nunca sofreu com a tão falada TPM (Tensão PréMenstrual)? Todas essas questões podem levar a mulher a alterações físicas e emocionais.

Alguns sinais de alerta são falta de motivação para atividades que, até então, eram prazerosas, baixa autoestima, dificuldade para se relacionar com as pessoas, baixo desempenho no trabalho, seja ele remunerado ou não, dificuldades para dormir e se alimentar, entre outros. Além disso, quando estamos ansiosas para resolver algum problema, acabamos deixando de lado práticas importantes para a qualidade de vida, como as atividades físicas e a alimentação saudável.

Além das pressões internas e externas que podemos sofrer no dia a dia, precisamos falar sobre a violência. Diariamente nos deparamos com noticiários sobre mulheres vítimas de violência física e psicológica, em relacionamentos abusivos. Tais violências deixam marcas físicas e emocionais que acompanham essas pessoas por toda a vida. As consequências psicológicas da violência podem ir desde a baixa autoestima e o isolamento social, até o desenvolvimento de quadros depressivos e ansiosos.

E é possível mudar e melhorar nossa saúde emocional? Sim, irei destacar algumas atitudes importantes. A primeira delas é reconhecer os próprios sentimentos e comportamentos para criar estratégias de mudanças. Cada pessoa tem seu tempo para reconhecer e se habituar a elas. Quando falamos de saúde emocional, estamos falando também de subjetividade. Se você perceber que sua autoestima está baixa, talvez seja interessante investir em atividades que tragam emoções agradáveis. Cuidar da alimentação também é muito importante. Uma alimentação balanceada pode te ajudar a sentir menos irritabilidade e mudanças de humor. A atividade física é uma ótima aliada para quem quer melhorar a qualidade de vida. Quando praticada regularmente, produz uma série de substâncias importantes para as saúdes emocional e física e ajuda na diminuição da ansiedade. Evite sofrer por antecedência. Não podemos prever e nem controlar o futuro.


E se você observar que precisa de ajuda profissional, não hesite em se priorizar. Se ame, se cuide e seja gentil consigo mesma. E conte comigo!



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Escrito por Renata Assis, no dia 19/03/2021

Renata de Assis Pereira


Psicóloga
E-mail: renata.assisps@hotmail.com

Instagram @psi.renataassis



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