Com efeito, anoto que dei as costas ao mundo. No exílio e na opressão que dos diocesanos toda pele e carne me foram mostradas, trouxe o asco. O rebanho de gado miúdo, de gente miúda, me acompanharam. Riam de tudo o tempo todo. Sublinhado, fui coisa mandada pela heresia do desgosto. E louco e doente mental na sanidade daquela miúda mulher de gabinete. Bastardo que ama as palavras e o preço de pensar em demasia. Sem requintes de elegância, de toda tribuna imaginária discursei ao vento e aos que acumulam serosidade em ouvidos já atrofiados. Sei bem, que me tornei pintor de girassóis ansiosos e profeta dos que jamais retornam. É um mundo de oráculos e altares. Tudo erguido na insídia. Faltei, então, ao voltar, aos que precisam não de minha pena mas de um pouco mais do meu ingente descrédito. Levo em itálico um descrédito de tudo. Sem melindres, eis que sou egresso. Todo retorno é de meu conhecimento, qualquer que seja ele. Minha vida é feita assim. No mais das vezes ele é maleitoso, insalubre e velho. Muito velho. Disfarçadamente veio comigo, desta feita, um pedaço bem diminuto do erudito e muita mirra na alma.
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Escrito por Silvio Lopes, no dia 06/03/2020
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