Foto: Arquivo/Jornal CORREIO
Responsável pela maioria dos atendimentos na cidade, a Câmara Municipal de Lafaiete funciona na rua Assis Andrade, 540, no Centro
A centralização do serviço de emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) tem pressionado a estrutura de atendimento em Lafaiete. Sem postos de atendimento nas cidades do entorno, o município, de 137.980 habitantes (IBGE 2024), já realizou mais de 20 mil atendimentos desde dezembro de 2023, mas tem absorvido uma demanda regional crescente sem contrapartida de ampliação da rede nos municípios vizinhos.
Responsável pela grande maioria dos atendimentos na cidade, o Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC), da Câmara Municipal, relata que, desde março de 2024, 85,9% dos atendimentos foram destinados a residentes de Lafaiete. Os demais 14,1% vieram de Congonhas (7,1%), Ouro Branco (2,4%), Itaverava, Queluzito, Carandaí e outras 13 cidades. Há registros, inclusive, de moradores de Belo Horizonte, Mariana e Ouro Preto buscando o serviço no município. “Os dados demonstram que o CAC atende a uma região muito maior e que há a necessidade de estruturação do atendimento para confecção da CIN na região do entorno do município.
"A ausência de postos em cidades como Congonhas e Ouro Branco sobrecarrega o CAC”, alerta o coordenador do CAC, Anderson Henriques Ferreira. O 1º Distrito Policial de Lafaiete também emite o documento. Segundo informações da Polícia Civil, desde dezembro de 2023, foram expedidas 15.556 carteiras de identidade para moradores de Lafaiete. Também foram atendidos aqui 6.766 para congonhenses e 2.421 ouro-branquenses.
Males da desinformação
E essa sobrecarga vem sendo alimentada pela disseminação de fake news. Mensagens compartilhadas em redes sociais afirmavam que os documentos antigos perderiam a validade imediata, o que é falso. A obrigatoriedade da nova identidade só passa a valer a partir de fevereiro de 2032. Além disso, como a CIN é emitida como primeira via para todos, muitos deixaram de renovar o documento antigo à espera do novo modelo — que, por ser gratuito nesse formato, se tornou ainda mais atrativo. “O movimento intenso começou logo após o lançamento da CIN e ainda não se estabilizou. A desinformação foi um fator decisivo, mas a isenção da taxa e a busca por um documento unificado também explicam essa procura”, avalia o coordenador.
“Foram quase dois meses tentando. Acordava às 4h da manhã para tentar agendar no site. Um dia, às 5h20, consegui. Já estava quase desistindo, mas insisti e deu certo. Fui super bem atendida”, lembra a moradora do São Benedito. O vendedor Leonardo Campos, 40 anos, também acordou cedo para garantir uma vaguinha: “Depois de muitas tentativas no site, fui ao CAC conversar com um servidor. Ele explicou que, às vezes, liberam horários esporádicos. Comecei a olhar várias vezes por dia e um milagre aconteceu: consegui!”, conclui.
Mais segurança, menos fraude
A CIN tem como número único o CPF, evitando duplicações. Também inclui: Tipo sanguíneo, Doação de órgãos,
Título de eleitor, CNH Carteira de trabalho e Informações de saúde (como TEA ou deficiências).
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Postado por Maria Teresa, no dia 31/05/2025 - 16:29