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Estudo inédito aponta demandas urgentes de travestis e transexuais negras no Brasil



Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil



A falta de acesso à educação de qualidade, respeito institucional e formação profissional são algumas das principais demandas de travestis e transexuais negras e negros no Brasil, segundo o estudo inédito Travestilidades Negras: Movimento Social, Ativismo e Políticas Públicas, lançado esta semana pelo Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans). A pesquisa revela que, para 32% dos entrevistados, o Estado deve priorizar a melhoria da educação, seguida por respeito nas instituições e oportunidades de qualificação profissional.

A pesquisa foi realizada com 300 pessoas trans negras de todos os estados e do Distrito Federal e mostra um quadro alarmante de exclusão social. Mais de 70% dos participantes relataram já ter sido vítimas de racismo e transfobia, e muitos enfrentam dificuldades significativas para acessar direitos básicos como saúde, educação e emprego. O levantamento destaca também a escassez de políticas públicas eficazes, com 21% dos entrevistados afirmando que elas precisam de melhorias urgentes. Poucos tiveram acesso a serviços básicos, como a retificação de nome ou ambulatórios específicos para pessoas trans. Apenas 45% estão empregados formalmente, e muitos dependem de atividades informais, como a prostituição, para garantir sua subsistência.

A autora da pesquisa, Jessyka Rodrigues, ressalta a importância de dar visibilidade à população trans negra, que historicamente tem sido marginalizada e ignorada nas políticas públicas. Ela enfatiza que a pesquisa oferece dados cruciais para entender as necessidades dessa população e garantir a implementação de políticas inclusivas. O estudo também recomenda ações imediatas, como a reserva de vagas em universidades públicas, o combate à violência e discriminação e a garantia de moradia digna para essa população.

A pesquisa completa está disponível no site do Fonatrans e será apresentada em diversos eventos, incluindo no Museu da Vida, na Fiocruz, no dia 7 de fevereiro.

 




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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 29/01/2025 - 18:20


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