Tempo em Lafaiete: Hoje: 23° - 14° Agora: 23° Domingo, 24 de Novembro de 2024 Dólar agora: R$ 5,801 Euro agora: R$ 6,040
Cultura


Aleijadinho é homenageado na sala dos Grandes de Minas do Palácio da Liberdade



crédito: Leo Lara/Museu de Congonhas/Divulgação


 

Pela primeira vez, um retrato de um afrodescendente ocupa um espaço na Sala dos Grandes de Minas, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. O quadro de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), patrono das artes no Brasil, foi entronizado na quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra, em uma cerimônia marcada pela reparação histórica e pelo reconhecimento do legado do mestre do Barroco.

O retrato de Aleijadinho foi colocado ao lado de figuras históricas como Santos Dumont, Tiradentes e ex-governadores de Minas Gerais, incluindo Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves. O secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Leônidas Oliveira, destacou o simbolismo dessa homenagem: "Fazemos, agora, uma reparação histórica. Pela primeira vez, um mestiço participa da galeria na qual se encontram os grandes da nossa história."

Aleijadinho, filho do português Manuel Francisco Lisboa e da negra alforriada Isabel, nasceu em Ouro Preto, onde, na segunda-feira (18), foram celebrados os 210 anos de sua morte e o Dia do Barroco Mineiro. O retrato do artista, uma obra do Arquivo Público Mineiro/Secult, foi pintado no século 19 por Euclásio Penna Ventura. Originalmente um ex-voto, o quadro foi vendido em 1916 para um comerciante de Congonhas e, após diversas transações, foi reconhecido oficialmente como a imagem de Aleijadinho pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais em 1972.

O quadro, de óleo sobre pergaminho, mede 20 cm por 30 cm e retrata um homem mestiço bem vestido, sendo um dos poucos registros visuais do artista. Aleijadinho é lembrado principalmente pelas suas obras em Congonhas, como os profetas em pedra-sabão e as esculturas nos Passos da Paixão de Cristo, no

Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, foi realizada uma cerimônia de entrega da declaração de inscrição dos reinados e congados no Livro de Expressões do Patrimônio Cultural de Minas, na Casa da Cultura Negra, em Ouro Preto. A solenidade contou com a presença de representantes da Comissão Ouro-pretana de Folclore, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e da Prefeitura de Ouro Preto, reforçando o valor cultural e histórico dessas manifestações no estado.

 




Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383


Postado por Nathália Coelho, no dia 23/11/2024 - 12:20


Comente esta Notícia