Congonhas, Ouro Branco e Lafaiete têm saldo positivo e geraram, juntas, quase 2.500 novos postos de trabalho

Jeceaba puxa para baixo desempenho da região na geração de empregos

foto: arquivo jornal CORREIO

A análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) revela um cenário de crescimento moderado no emprego formal nas cidades de Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Ouro Branco e Jeceaba. Com base nos dados acumulados até setembro, as quatro cidades juntas geraram 2.092 novos postos de trabalho. Em Lafaiete, onde o comércio é o principal motor econômico, o saldo dos nove primeiros meses do ano foi positivo, com destaque para a criação de 514 postos formais de trabalho.

O melhor resultado foi observado em fevereiro, quando 500 pessoas foram colocadas no mercado, mas logo no mês seguinte, as demissões superaram as contratações, gerando um déficit de 405 vagas. Apesar das oscilações mensais típicas do setor varejista, que lida com sazonalidades e desafios de consumo, Lafaiete vem mantendo crescimento sustentado no setor de serviços e no comércio, que representam uma base sólida para a economia local.

Apoiada pelo setor de mineração, Congonhas atingiu um saldo de 1.171 empregos de janeiro a setembro, reflexo direto do desempenho das empresas do setor, como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A Cidade dos Profetas só ficou no vermelho no primeiro mês do ano, com um déficit de 182 postos, mas já em fevereiro, outras 425 oportunidades foram criadas. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é ainda melhor: 1.322 empregos.

Já Ouro Branco, impulsionada pela siderurgia e pela indústria de base, apresentou um saldo de 897 postos no ano, mesmo com as variações negativas em janeiro (-38), maio (-91) e julho (-52).

Por fim, Jeceaba vem amargando um declínio na geração de empregos após o auge da instalação da VSB. Apenas em maio o volume de contratações superou o de demissões, embora de forma tímida, com um saldo de 12 postos. De janeiro a setembro, 367 pessoas perderam seus postos de trabalho. O resultado só não é pior que o dos últimos 12 meses, que apresentaram um saldo negativo de 637 vagas.