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Forças Armadas: mulheres poderão se alistar para cargos de combate em 2025

Ministro da Defesa assina portaria que permite mulheres na infantaria, alterando o cenário das Forças Armadas no Brasil



Foto: iStock/ FG Trade


Com novas oportunidades para a participação feminina no Exército Brasileiro, as Forças Armadas permitirão pela primeira vez que mulheres se tornem soldados e se alistem com o objetivo de ocuparem cargos da infantaria. Segundo a portaria assinada pelo Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, o primeiro grupo feminino poderá se alistar em 2025, com ingresso previsto para o ano seguinte.

Em entrevista à Folha, o ministro destacou a importância da presença feminina na infantaria: "Nesse assunto, o Brasil deve muito. E não é para fazer serviço de enfermagem e escritório, é para a mulher entrar na infantaria. Queremos mulheres armadas até os dentes", afirmou.

Como é o alistamento atualmente?

Atualmente, as mulheres podem ingressar no Exército Brasileiro por diferentes vias. A participação feminina nas Forças Armadas começou em 1980, na Marinha, seguida pela Força Aérea, em 1982, e apenas em 1992 o Exército passou a aceitar mulheres.

Embora permitida, a participação feminina sempre ocorreu em setores específicos, como saúde, intendência (logística) e material bélico (manutenção de armas e viaturas), nunca na infantaria. Essa limitação resulta em uma participação feminina inferior à masculina.

Atualmente, as Forças Armadas têm 360 mil militares, dos quais apenas 34 mil são mulheres. Na Aeronáutica, onde as mulheres representam pouco mais de 20% do efetivo, elas são impedidas de ocupar cargos na infantaria. Já no Exército a participação feminina é de aproximadamente 6%, com proibição de ingresso em áreas de combate, como cavalaria, infantaria, artilharia e engenharia.

Após questionamentos da Procuradoria-Geral da República sobre as regras de ingresso feminino, algumas ações foram propostas ao STF. Entre os apontamentos, estavam a falta de fundamento constitucional para justificar as restrições e a possibilidade de o tratamento diferenciado ser configurado como discriminatório e preconceituoso.

Como será o alistamento feminino?

Com a nova portaria, as mulheres poderão se alistar nas Forças Armadas de forma voluntária aos 18 anos, similar ao modelo masculino. Inicialmente, a proposta divulgada por Múcio previa um crescimento gradativo das vagas femininas até atingir 20% do total de novos ingressos anuais no serviço militar, cerca de 85 mil.

No entanto, o Alto Comando do Exército contestou essa proposta em reunião com generais, e informações especuladas pela Folha indicam que, em 2025, serão abertas de 1 mil a 2 mil vagas, prioritariamente em setores onde já há participação feminina, como escolas, setores administrativos e hospitais.

Embora o número oficial de vagas ainda não tenha sido divulgado, o objetivo é aumentar gradualmente a participação feminina, após adequações administrativas e estruturais, como a construção de espaços específicos e a adaptação dos treinamentos.

Por fim, as mulheres interessadas em se alistar nas Forças Armadas em 2025 devem completar 18 anos no ano do alistamento. Além disso, para se preparar, é fundamental organizar um cronograma de estudos, distribuindo o tempo de forma equilibrada entre todas as disciplinas.

Praticar exercícios de provas anteriores pode ajudar a familiarizar-se com o formato e o tipo de questões que serão cobradas. Por fim, manter uma alimentação saudável e garantir boas noites de sono são fatores essenciais para o bem-estar físico e mental, contribuindo para um melhor desempenho durante as provas. Para as provas físicas é possível praticar utilizando a carabina PCP Gamo, e estabelecer uma frequência que garanta um bom desempenho.




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Postado por Rafaela Melo, no dia 24/07/2024 - 18:20


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