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Saúde


Vigilância Sanitária de Minas alerta sobre riscos e cuidados com produtos de salões de beleza



foto: Carol Souza


 

Em um esforço contínuo para proteger a saúde dos consumidores, a Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alerta sobre os cuidados necessários com os produtos utilizados e comercializados por salões de beleza. Em caso de reações adversas, é crucial que consumidores e profissionais de saúde registrem as ocorrências nos canais oficiais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A aposentada Sirléia Drumond, de 71 anos, viveu uma experiência traumática ao tentar mudar seu visual. O que era para ser uma transformação positiva tornou-se um pesadelo. "Fiquei por um bom tempo usando lenço na cabeça, tampei todos os espelhos da casa e não tinha coragem de sair na rua”, relata Sirléia, descrevendo o impacto emocional de ter perdido todo o cabelo após um procedimento de alisamento mal executado.

Ela foi informada pela cabeleireira que o produto aplicado seria um hidratante, mas na verdade tratava-se de um alisante combinado com formol para uma escova progressiva. No dia seguinte, ao pentear o cabelo, ele caiu por completo, resultando em uma grande dor de cabeça e ardência no couro cabeludo. "A gente tem que ter muito cuidado e verificar o rótulo. Mas descobri que as pessoas pegam embalagens de bons produtos e colocam fórmulas caseiras, que fizeram no fundo do quintal. É muito importante pesquisar bastante sobre o salão antes de fazer qualquer procedimento”, aconselha Sirléia.

Para evitar casos como o de Sirléia, a SES-MG realiza fiscalizações rigorosas nos salões de beleza, verificando não apenas as condições dos estabelecimentos, mas também a regularidade dos produtos utilizados e comercializados. Renata Stehling, coordenadora de Cosméticos e Saneantes da SES-MG, destaca a importância de analisar os rótulos dos produtos e a conformidade das empresas fabricantes com os registros ou notificações da Anvisa.

Os produtos cosméticos devem cumprir regras específicas, como a apresentação de dados no rótulo, modo de uso correto, advertências, restrições e prazo de validade. A empresária Mabel Garcia, proprietária de um salão de beleza em Belo Horizonte, enfatiza a importância de seguir essas regulamentações. “Recebemos de forma recorrente clientes que foram em outro salão para hidratar o cabelo e saíram de lá com os fios quimicamente alisados”, relata.

Mabel, que também desenvolveu uma linha de produtos para cabelos cacheados e crespos, explica que o processo envolveu não só o ajuste dos ingredientes junto ao fabricante, mas também a aprovação pela Anvisa. "Meu foco foi encontrar uma fábrica com condição de entregar um produto de alta performance e qualidade. Após os ajustes necessários para o desenvolvimento da linha, fiz um laudo com todas as especificidades apresentadas pelo produto para que a Anvisa pudesse validar”, detalha.

Para garantir a segurança dos produtos disponíveis no mercado, a Anvisa disponibiliza ferramentas de consulta em seu portal, onde é possível verificar se um produto cosmético está regularizado. Em caso de irregularidades, consumidores podem fazer denúncias pelo Disque-Ouvidoria 162 ou pela internet. Produtos irregulares não devem ser adquiridos, pois podem causar efeitos adversos graves.

Renata Stehling enfatiza que reações adversas aos cosméticos devem ser registradas nos canais oficiais da Anvisa, como Limesurvey e e-Notivisa. Essas notificações são fundamentais para que a Anvisa possa tomar medidas necessárias para garantir a segurança dos produtos no mercado brasileiro.

A fiscalização de cosméticos e outros produtos de saúde está no escopo da Vigilância Sanitária Estadual, que também realiza o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Medicamentos e Congêneres (Progmec). Esse programa pioneiro no Brasil verifica a qualidade dos produtos após a comercialização, garantindo que produtos inseguros sejam retirados do mercado.

Fernanda de Oliveira, coordenadora de Pós-Comercialização da SES-MG, explica que as ações sanitárias, como a interdição cautelar e recolhimento de produtos, são baseadas no risco sanitário identificado. Essas medidas são publicadas no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, garantindo transparência e segurança para a população.

A SES-MG continua comprometida com a proteção da saúde dos consumidores, reforçando a importância da fiscalização e do cumprimento das regulamentações para produtos cosméticos e de higiene pessoal.

fonte: Agência Minas




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Postado por Nathália Coelho, no dia 14/07/2024 - 16:20


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