Tempo em Lafaiete: Hoje: 23° - 14° Agora: 15° Segunda, 25 de Novembro de 2024 Dólar agora: R$ 5,801 Euro agora: R$ 6,086
Comunidade


Abusos e exploração sexual de menores disparam em CL

Em 2023, foram registrados 32 casos; assistente social traçou um panorama desse crime, que precisa ser combatido



foto: divulgação


Segundo Aline Melo, gerente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), diversas ações contra os abusos de menores foram realizadas na cidade.

Abusos e exploração sexual de crianças e adolescentes representam uma triste realidade, que precisa ser discutida. Em Lafaiete, foram registrados 32 casos, somente em 2023. Em 2022, o número chegou a 43, segundo os dados oficiais que compõem o Relatório Mensal de Acom­panhamento do Centro de Refe­rên­cia Especializado em Assistência Social (Creas). Em maio, mês dedicado à conscientização sobre o abuso e a exploração sexual infanto-juvenil no Brasil, diversas ações foram realizadas na cidade.

Nossa Reportagem conversou com a assistente social Aline da Silva Gonzaga Melo, que abordou a questão. Ela lembrou que o dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes: “Durante todo o mês, a equipe do Creas abordou a temática nos atendimentos realizados no setor. Houve, ainda, ações de intervenção nos projetos sociais e escolas do município, além de campanhas informativas direcionadas à po­pulação”, enumerou.

Segundo Aline, que é gerente da Se­cre­taria Municipal de Desenvol­vimento Social (SMDS), atividades como essas são fundamentais para conscientizar e informar crianças e adolescentes e a comunidade em geral, que precisam saber identificar as situações características de abuso e exploração, para que se trabalhe a prevenção: “A SMDS realiza frequentes ações de prevenção. As ações são realizadas durante os atendimentos individuais, grupos do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, grupos do serviço de proteção e atendimento in­tegral à família, além de ações comunitárias formativas e informativas”, explicou.

Em relação aos fatores de risco que envolvem a violência sexual contra me­no­res, Aline ponderou que há múltiplas e complexas causas, re­la­cionadas a questões sociais, econômicas e culturais e devem ser analisados com cuidado e critério: “Atualmente, há um outro fator, que é a internet, potencializando meca­nis­mos para o abuso e a exploração sexual. A orientação é que os pais e responsáveis tenham alguns cuidados para proteger as crianças e adolescentes, como limitar o tempo de acesso a re­des sociais, evitar pos­tagens que exponham a rotina, ajustar configurações de se­gu­rança e privacidade, saber com quem a criança está conectada e estabelecer uma rotina de uso”, pondera.

A assistente social explica que esses crimes podem ocorrer de várias formas e não apenas pelo abuso sexual direto, como toque inapropriado, estupro, pornografia infantil ou qualquer forma de contato sexual. Há a exploração on-line, o tráfico sexual e até mesmo a exploração por pessoas conhecidas, inclusive familiares: “É importante saber identificar alguns indícios, como o sono desorganizado da possível vítima, falta de concentração, aparência descuidada. Até mesmo um interesse por questões sexuais, brincadeiras de cunho sexual, palavras ou desenhos que se refiram às partes íntimas. Tudo isso, partindo de uma criança ou adolescente, pode estar indicando uma situação de abuso”, alerta.

Em Lafaiete, o Creas é a unidade pública onde são atendidas famílias e pessoas que tiveram seus direitos violados. O setor conta com equipe técnica habilitada para atender os casos de exploração e abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes: “O acompanhamento envolve toda a equipe, que é composta por assistentes sociais, psicólogos, pedagoga e advogada. As estratégias de atuação são norteadas pelos princípios éticos e técnicos, de acordo com as demandas apresentadas. O acesso se dá através de encaminhamentos da rede socioassistencial e o atendimento psicológico ocorre associado ao acompanhamento de cada caso. Vale lembrar que abuso e exploração sexual são crimes e devem ser denunciados”, conclui.

Para denunciar, entre em contato com a Secretaria Municipal de De­senvolvimento Social: rua Rodrigues Maia, 490, Angélica, (31) 3764-9805 ou (31) 98460-6073 e Creas: rua Barão de Suassuí, 359 A, Santa Efigênia, (31) 3764-9805 ramal 1047.




Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383


Postado por Nathália Coelho, no dia 18/06/2024 - 20:20


Comente esta Notícia