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Lafaietense mantém viva a memória de Ayrton Senna com réplica de capacete



Foto: divulgação


No dia 1º de maio, Cláudio Pacheco, um lafaietense apaixonado por automobilismo e admirador fervoroso de Ayrton Senna, relembra com um misto de emoções o aniversário da trágica perda do ídolo nacional. Em uma entrevista exclusiva ao CORREIO online, ele compartilha seus sentimentos e como o legado de Senna continua a inspirá-lo e a muitos outros, mesmo após três décadas de sua partida.

"O dia primeiro de maio... Eu tenho dois sentimentos", começa Cláudio. "Um é de tristeza pela perda de um ídolo nacional; outro é, de certa forma, um sentimento de que Ayrton deixou um legado de bons exemplos, como patriotismo, superação e inspiração, que ainda ecoam e inspiram muitos, mesmo depois de 30 anos de sua partida".

Ele relembra vividamente o fatídico dia do acidente. "Estava com minha esposa e meu filho em casa, assistindo à corrida e nos preparando para almoçarmos fora. Depois do acidente, cancelamos nossa saída e ficamos de olho na TV, esperando notícias, que, infelizmente, não foram as que esperávamos".

Para ele, Ayrton Senna era mais do que um piloto de corrida; ele era um símbolo de orgulho nacional. "Ele era nosso super-herói, um cara que dava orgulho de sermos brasileiros, que mostrava ao mundo que, aqui no Brasil, ao contrário do que os europeus achavam, temos pessoas de valores e muita persistência".

O maior legado de Senna, segundo Cláudio, foi o patriotismo e a determinação que ele demonstrou em suas corridas. "Ele mostrou ao mundo que nós brasileiros temos valores. Esse foi o seu maior legado: o patriotismo, a vontade de vencer para mostrar ao mundo que, com suas maiores tecnologias, eles precisavam de um brasileiro para colocar em prática suas obras".

O lafaietense, em sua devoção a Senna, usa uma réplica do capacete do piloto para manter vivo o legado de uma pessoa que, à sua maneira, lutou por um país mais justo e procurou elevar a bandeira brasileira para ganhar respeito global. "Tudo o que eu faço, procuro fazer o meu melhor. E ensinei isso para meus filhos, dar o melhor de nós".

Réplicas

Cláudio conta que em 2014, deu vida a uma página na internet onde exibia as réplicas que eu mesmo confeccionava. A ideia surgiu de um impulso para manter viva a memória de Ayrton Senna e realizar os sonhos de outros fãs fervorosos como eu, que ansiavam por uma lembrança do nosso herói.

As réplicas encontraram destaque em diversos países, desde o Japão até os Estados Unidos, da França à Argentina, alcançando também todos os cantos do Brasil. Considerando que o capacete original, produzido pelo Alam Mosca, alcança valores próximos a 20 mil reais hoje em dia, poucos têm a chance de possuir um. 

Para tornar esse sonho mais acessível, ele cobrava apenas o necessário para cobrir os custos dos materiais de pintura e do próprio capacete. O resultado foi extraordinário, com mais de 280 réplicas realizando o sonho de tantas pessoas.

As réplicas são tão fiéis que até o detentor dos direitos do capacete original entrou em contato comigo, solicitando a retirada da página da internet e sugerindo uma parceria. No entanto, ele recusou, pois acreditou que isso comprometeria sua identidade, que sempre foi a de realizar sonhos.

"Hoje, continuo confeccionando réplicas, principalmente para amigos daqueles que já foram presenteados, embora sem fazer alarde. No entanto, meu foco principal é presentear entidades beneficentes, como a Associação dos Autistas de Minas Gerais, a Polícia Militar, o MFC, o grupo Frutos da África, os Escoteiros, entre outros", explica.

"Acredito que essa seja a melhor maneira de manter vivo o legado de Senna: não apenas através das lembranças materiais, mas também por meio das ações que impactam positivamente a vida daqueles que mais precisam", conclui.

 

 




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Postado por Nathália Coelho, no dia 10/05/2024 - 18:20


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