Foto: Divulgação
Para o escritor, a Carpiah veio à vida para “desobedecer, desafiar. Desembrutecer desde que haja ar”
Paulo Antunes
Escritor, ator, mestre em Letras (Linguagem, Cultura e Discurso)
Contato: profprantunes@gmail.com
Esses meninos soltam a voz nos clubes das esquinas, nas praças barrocas, nos bares de um belo horizonte que ainda tem a Serra do Curral. Em festivais, já foram os primeiros ao defender a “Esfera” e quatro anos seguidos habitaram o FunMusic, maior festival de música universitária do País. São “A Flor do Rock” das estradas de terra de Lafaiete desbravando este Brasil afora numa nau em correnteza doce, dando vida à “Juventude”, a “O Gosto da Estrada”, a “Nuvens”, a “Peixe fora d´água”, a “Medocídio”, a “Chaves de casa”. E já dividiram o mesmo êxtase no mesmo palco com Lô Borges, Gabriel Sater. Foram trapezistas e equilibristas com o Teatro Mágico; atrevidos, flertaram com Oswaldo, o Montenegro.
A Carpiah veio à vida para “desobedecer, desafiar. Desembrutecer desde que haja ar” e corre o mundo “à procura da chama astral, da imensa parede coberta de aço, ilusão da matéria cratera no espaço, o brilho incontido, a fonte do mal, mazela eterna antinatural”. Talvez para salvar o planeta.
Alquimistas do nosso hoje, esses moços cantam “que a flor do rock é medicinal, a joia rara da farmacopeia, talvez a cura para todo o mal, a evolução de uma nova ideia, a consciência diz que desperta, deixa na mente uma porta aberta”. Então, que sem abram todas as frestras para esses rapazes que não são os quatro de Liverpool, mas o som de Lafayork até lá levarão... e serão abertas The Doors da percepção.
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Postado por Rafaela Melo, no dia 02/04/2024 - 13:30