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Região


Jeceaba é o município mais rico da região; CL ocupa o 8º lugar

Entre as 20 cidades da região, 17 estão abaixo da média nacional e 12 têm números inferiores à média do Nordeste



Foto: arquivo jornal CORREIO


 

O estudo PIB dos Municípios, divulgado na sexta-feira, dia 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), escancarou, mais uma vez, o abismo entre as economias dos municípios da região. Enquanto Jeceaba atingiu o PIB per capita de R$ 407.353,20 em 2021, figurando em 12º no país, 17 cidades da região ficaram abaixo da média nacional, ou seja, produziram menos de R$ 42,2 mil por habitantes. E pior ainda: 60% dos municípios da região têm PIB per capita inferior à média do nordeste, que obteve o pior resultado entre os estados brasileiros.

A metalurgia foi a principal atividade em Jeceaba, berço da VSB. No município, o PIB per capita foi de R$ 407.353,20. A atividade também é a principal fonte em Ouro Branco, que abriga uma das unidades da multinacional Gerdau. Em 2021, o PIB per capita de Ouro Branco ficou em R$ 219.860,00, o que lhe rendeu a 8ª posição estadual e a 41ª no Brasil. 3ª colocada na região e também focada na extração mineral, Congonhas já mostra um distanciamento mais que considerável no ranking: é a 42ª no estado e a 410ª em um panorama nacional. Em comum com os melhores resultados de Minas está a atividade econômica.

Segundo análises da Fundação João Pi­nheiro, os municípios minerários e si­derúrgicos registraram valoração do PIB per capita porque o ano de 2021 foi marcado pela retomada da extração de minério nos municípios do quadrilátero ferrífero após o rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019. Essa retomada da extração e produção de minério de ferro, somada ao efeito significativo dos preços e cotações do produto, impactaram positivamente. Sem esses recursos, La­faiete só aparece na 8ª posicional regional, é a 324ª em Minas e 2.741ª no Brasil.

O que é o PIB?
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de tudo o que é produzido na cidade ou país e serve para medir a atividade econômica de determinada região. Por meio desse dado, é possível analisar o que se pode fazer para melhorar a economia. Já o PIB per capita dos municípios brasileiros representa o total da riqueza da ci­dade dividido pelo número de habitantes.

O ranking nacional é liderado por Catas Altas, cidade mineira que fica a cerca de 60 quilômetros de Belo Horizonte. Com pouco mais de 5 mil habitantes, o município tem renda per capita de R$ 920.833,97. A atividade econômica que infla o PIB catas-altense é a extração de minério de ferro. A mineração é o motor que impulsiona também o PIB per capita de Canaã dos Carajás (PA), segunda no ranking, e de outras três localidades mineiras, São Gonçalo do Rio Abaixo (3º), Itatiaiuçu (4º) e Conceição do Mato Dentro (6º). Assim como se vê nas cidades do Alto Paraopeba, o índice aponta para as desigualdades regionais.

Enquanto a média nacional era de R$ 42,2 mil, o Nordeste tinha R$ 21,5 mil, seguido pelo Norte, com R$ 29,8 mil. As demais regiões estavam acima da média, com destaque para o Centro-Oeste, com R$ 55,7 mil. O Sul figurava com R$ 51,3 mil; e o Sudeste, R$ 52,5 mil.

Se Catas Altas (MG) tem os melhores números do país, o mesmo não pode ser dito do município quase homônimo que integra a nossa região. Catas Altas da Noruega ocupa a lanterna entre os 20 municípios que têm seus dados tabulados pelo Jornal CORREIO, gerando apenas R$ 11.130,50 por habitante. Os números a colocam na 779º posição entre os 853 municípios mineiros. Em termos nacionais, ela ocupa o 4566º lugar. A realidade não é tão diferente em Rio Espera (11.179,64), Piranga (11.347,31), Caranaíba (13.169,27), Santana dos Montes (13.286,87), Itaverava (13.411,54), Capela Nova (13.534,64) e Senhora de Oliveira (14.013,70), que fecham as últimas oito posições.

Jeceaba ocupa o posto de cidade mais rica da região e a 12ª no Brasil.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 09/01/2024 - 17:20


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