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Lafaiete e região têm população mais velha que a média nacional

Dados do IBGE analisados pelo Jornal CORREIO mostram que cidades menores são aquelas com a média etária mais alta



Foto: Frances santana


Cidades do Alto Paraopeba precisam olhar com atenção para os idosos e criar políticas públicas que garantam qualidade de vida, acessibilidade e vida digna

A região está envelhecendo em ritmo mais rápido que a média nacional. É o que se constata ao analisar os dados populacionais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no fim de outubro. De acordo com o IBGE, a idade mediana do brasileiro passou de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022. Isso significa que metade da população tem entre 0 e 35 anos - e a outra metade é mais velha que isso. Na região, no entanto, o panorama é um pouco diferente. Das 20 cidades pesquisadas, 18 têm média de idade superior a 35. As exceções são Congonhas e Ouro Branco, que ficam, justamente, na média. Lafaiete é a 3ª ‘mais jovem’, com 36, enquanto Queluzito tem a média mais alta – 45, ou seja, 10 a mais que a média nacional. Considerando as 20 cidades, a média é de 39,4 anos.
Um olhar para a região mostra que as cidades com maiores ofertas de emprego também são aquelas com a média de idade menos alta – como Con­gonhas, Ouro Branco, Lafaiete e Carandaí. Na prática, os jo­vens deixam as cidades menores em busca de oportunidades de estudo, emprego e até mesmo lazer, provocando um êxodo nas cidades menores.
Ainda segundo o IBGE, em 2022, o Brasil também teve o maior salto de envelhecimento entre censos desde 1940. Em 2010, a cada 30,7 idosos, o país tinha 100 jovens de até 14 anos. Agora, são 55 idosos para cada 100 jovens. Ou seja, a tendência do país é ter cada vez menos jovens e cada vez mais idosos, o que alerta para a necessidade de o país repensar uma série de fatores: na medida em que a população envelhece, há menos trabalhadores contribuindo para a previdência e mais aposentados.
Serviços, como os de saúde, tornam-se mais exigidos e a assistência social precisa realizar um trabalho mais eficiente, para que essas pessoas que, muitas vezes, dependem do amparo da família ou do poder público para viverem de forma digna e segura, não fi­quem desamparadas (Leia mais sobre o assunto na página 27). Na época da coleta dos dados, havia, nas 20 ci­dades pesquisadas, pe­­lo menos 44 pessoas com 100 anos ou mais – sendo 13 em La­faie­te, 6 em Con­go­nhas e 5 em Ouro Branco. 258 tinham entre 95 e 99 anos e outras 1.073 ti­nham entre 90 e 95 anos.

O que está por trás do envelhecimento
O IBGE também aponta alguns fatores por trás destas tendências demográficas. O principal deles é a diminuição das taxas de fecundidade dos brasileiros nas últimas décadas. Apesar da taxa atual ainda não ter sido divulgada, dados de censos anteriores apontam para uma queda constante nos últimos anos – passou de 6,16 em 1940 para 2,39 em 2000 e 1,9 em 2010.
No intervalo de tempo pesquisado - entre 2010 e 2022, in­clusive, o país passou por dois períodos com redução de nascimentos, segundo o instituto: a onda de infecções do zi­ka vírus em 2016 e o período da pandemia do coronavírus. Os casais estão tendo filhos mais tarde e em menor número.




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Postado por Rafaela Melo, no dia 19/11/2023 - 18:30


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