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Há 60 anos na profissão, Marcelo Relojoeiro é referência em Lafaiete

Um dos últimos profissionais das antigas, relojoeiro fabrica as próprias peças e trabalha há 60 anos



Foto: divulgação


 

A tradicional Relojoaria Seiko ou Relojoaria do Marcelo, localizada na rua Marechal Floriano Peixoto 79, numa loja abaixo das marquises da malha da antiga Rede Ferroviária Federal (RFF), atual MRS, no Centro de Lafaiete, é ponto de encontro de idosos, cidadãos e cidadãs de meia idade e gente nova também. O local pertence a Marcelo Ribeiro Lima, 75 anos, conhecido também como Marcelão do Aimoré, onde jogou futebol como goleiro nos anos de 1971 até 1984, e hoje trabalha como relojoeiro há 60 anos.

Marcelo começou o ofício com o pai, Augusto Ribeiro Lima, o Cabo Lima, em 1963, do outro lado da Marechal, onde hoje funciona uma loteria. Daí em diante, não parou mais. Anos depois, conseguiu adquirir a loja atual, onde está há exatos 43 anos.

No início desta semana, Lima recebeu a reportagem do Jornal CORREIO em sua loja e explicou como conseguiu permanecer tanto tempo na profissão, mesmo com a chegada da tecnologia, da internet e dos relógios modernos. "As pessoas gostam de conversar, prosear e consertar os relógios mais antigos. Aqui conseguimos dar esse suporte e, quando não encontramos as peças, fabricamos e arrumamos", explicou o profissional, que recentemente foi convidado para arrumar aparelhos de bolsos e de parede na cidade de Patos de Minas. "Fiquei lá durante três meses arrumando, fazendo peças e consertando. A maioria desses profissionais já morreram ou não trabalham mais. Aqui mesmo em Lafaiete, acho que sou o único dos antigos", pontua.

Segundo ele, o segredo da longevidade, em quaisquer profissões, é a dedicação, a disciplina e a paixão pelo que se faz. Com esse tripé, de acordo com Marcelo, não tem erro e você trabalha até quando seu corpo aguentar e Deus deixar.

A relojoaria Seiko é também ponto de encontro dos clientes mais modernos, onde Marcelo é procurado para trocar baterias de relógios e fazer pequenos ajustes nas máquinas. Perguntado sobre até quando pretende trabalhar, ele foi taxativo: mais 15 anos, até os 90, quando pretende, finalmente, passar o negócio de vez para um dos filhos, que já atua com ele na loja da Marechal. Marcelão teve 16 irmãos, dos quais 9 ainda estão vivos e possui 8 filhos; atualmente, mora com uma das irmãs no bairro Fonte Grande.

Marcelo Relojoeiro em sua loja, na rua Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Lafaiete, conserta relógios novos e antigos.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 26/09/2023 - 20:20


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