foto: Reinaldo Silva
O Jubileu do Bom Jesus de Matosinhos, realizado em Congonhas, Minas Gerais, é uma das festas religiosas mais antigas e grandiosas do estado. A cada ano, milhares de romeiros e turistas convergem para a cidade histórica para participar das celebrações e explorar as inúmeras barraquinhas que se estendem pelas ladeiras históricas, oferecendo uma variedade de produtos.
Oficialmente instituído em 1779 pelo Papa Pio VI, o Jubileu teve seus primeiros anos marcados por novenas e missas acompanhadas por bandas locais. Naquela época, as peregrinações já começavam a atrair visitantes para o pequeno arraial de Congonhas do Campo, impulsionadas pelos relatos de cura milagrosa de uma doença, atribuída a Feliciano Mendes, que deu origem à devoção ao Bom Jesus de Matosinhos na região.
Durante o período colonial, a fé católica exercia grande influência sobre os portugueses, levando o Cônego Ignácio Correa de Sá a estabelecer que o Jubileu ocorresse duas vezes ao ano a partir de 1780. A primeira celebração se encerrava no dia 3 de maio, dedicado à Santa Cruz, enquanto a segunda ocorria na semana de 14 de setembro, data da Exaltação da Santa Cruz no calendário católico. Essa prática se manteve por cerca de uma década.
No entanto, na década de 1790, os festejos de maio começaram a perder público devido às chuvas que tornavam os caminhos para o santuário precários, levando ao desaparecimento da festa nesse mês.
Em 1926, os padres da Congregação Redentorista, que administraram o Santuário durante boa parte do século XX, tentaram reviver o Jubileu de maio com novenas e procissões ao redor da Basílica. No entanto, essa tentativa não atraiu um grande número de fiéis e, em poucos anos, o jubileu de maio foi novamente extinto, prevalecendo o Jubileu de setembro, que continua sendo celebrado até os dias de hoje.
Jornalista/Foto: Por Reinaldo Silva
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Postado por Nathália Coelho, no dia 09/09/2023 - 12:20
