Divulgação/ Lucas Godoy
A Jovem Orquestra de Ouro Branco (Joob), grupo da Casa de Música, tem trilhado um caminho diferente desde o início deste ano. Novos repertórios e parcerias, nova identidade, novas possibilidades para seus integrantes, uma nova história.
Para compartilhar com o público todas as novidades uma série de concertos que abre o segundo semestre. As primeiras apresentações serão nos dias 2 de setembro, sábado, às 18h, na Capela de Santana da Pousada Ecorsini, em Ouro Branco, e no dia 3 de setembro, domingo, às 11h, no novo Teatro Feluma, em Belo Horizonte.
"É um privilégio para uma escola de música ter sua própria orquestra. A Joob tem um papel fundamental para a formação de jovens, contribuindo assim para a difusão da música erudita não só em Ouro Branco, mas em toda Minas Gerais", afirma Kênia Libanio, coordenadora da Casa de Música.
Repertório
Maestro da Joob, Marcos Silva-Santos conta que a orquestra investirá cada vez mais no que tem se tornado sua marca: a versatilidade. "Dessa forma vamos nos dedicar à música de concerto em contínuo diálogo com temáticas contemporâneas e universos da juventude" explica o regente.
Para os primeiros concertos, o tema escolhido foi Gêneros Difusos. "Esse concerto explora territórios musicais híbridos. Apresentaremos obras de quatro compositores que são um tanto difíceis de serem classificadas por se situarem em zonas cinzentas entre gêneros ou períodos musicais", afirma Marcos.
A Joob inicia o concerto com uma obra de C.P.E Bach, a Sinfonia em Sol Maior - wq. 182/1, peça típica do Rococó, período incrustado entre o Barroco e o Classicismo. Em seguida, a orquestra trata das duas bordas do Romantismo: a Abertura de F. Schubert,do início do século XIX, que aponta para o passado; e a Serenata para Cordas de E. Elgar,estreada em 1896, que parece anunciar o agitado século XX.
O concerto se conclui com três obras do compositor Lucas Telles que terão o solo do quarteto Toca de Tatu e trazem uma estética que habita a fronteira entre o "erudito" e o popular. O grupo belorizontino é formado por Lucas Ladeia no cavaquinho, Abel Borges na percussão, Luísa Mitre no piano e pelo próprio Lucas Telles no violão.
Destaque para a obra Urucubaca que, segundo Lucas, "é um afro choro, com grande influência rítmica, harmônica e melódica de compositores brasileiros como Radamés Gnattali, Baden Powell, Pixinguinha e Moacir Santos". O arranjo inédito composto para a parceria entre a Jovem Orquestra de Ouro Branco e o Toca de Tatu utiliza a orquestra em intenso diálogo timbrístico com o violão e o piano, que tendem a predominar nas melodias originais.
A entrada para o concerto em Ouro Branco é gratuita. Já para a apresentação em Belo Horizonte, os ingressos podem ser comprados via Sympla por R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), mais taxas.
A Jovem Orquestra de Ouro Branco tem patrocínio da Gerdau, por meio da Lei de Incentivo à Cultura; apoio Cartório 1o Ofício; CORI Registro de Imóveis, Hotel Verdes Mares, Teatro Feluma e Amigos da Orquestra.
Amigos da orquestra
A Casa de Música lançou este mês o projeto Amigos da Orquestra. O objetivo é transformar a Jovem Orquestra de Ouro Branco em um grupo estável, em que alunos e ex-alunos que fazem parte possam receber uma bolsa integral e, dessa forma, se dedicar ao projeto. Esse incentivo promove uma quantidade enorme de benefícios para toda a região.
Tudo isso está sendo possível graças ao apoio de empresas e pessoas físicas. São doações de valores variados, para todos os bolsos, e que fazem toda a diferença. Se você tiver interesse em se tornar um Amigo da Orquestra é só nos escrever no e-mail casademusicaob@gmail.com.
Serviço
Ouro Branco
Belo Horizonte
Jovem Orquestra de Ouro Branco
Criada em 2001, a é formada por cerca de 20 alunos das oficinas de instrumentos da Casa de Música de Ouro Branco. A Orquestra tem regência do maestro Marcos Silva-Santos. Desde sua fundação, o grupo realiza diversos concertos em Ouro Branco e nas cidades da Estrada Real, além de se apresentar diversas vezes em Belo Horizonte.
Destacam-se projetos como o Gastrofônica, que use música e gastronomia e foi sucesso de público e crítica, o espetáculo cênico-musical Sítio do Pica-Pau Amarelo e o Mundo Mágico da Orquestra, a apresentação em projetos sociais como na APAC de Santa Luzia, os concertos na Semana da Música e no Festival de Violoncelo de Ouro Branco, além de obras como "A Paixão Segundo São João", de J.S. Bach,; "A Missa em Sol de Schubert", com o Coral do Sesiminas, "Magnificat", de C. Ph. Emanuel Bach e "Come, Ye Sons ofArts, away", de Henry Purcell e "Requiem", de W.A Mozart, com o Coro da UFMG.
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Postado por Frances Elen, no dia 02/09/2023 - 09:31