Tempo em Lafaiete: Hoje: 23° - 14° Agora: 15° Segunda, 25 de Novembro de 2024 Dólar agora: R$ 5,801 Euro agora: R$ 6,083
Comunidade


População envelhece e faltam vagas de asilo em Lafaiete

Situação é agravada pelo iminente fechamento do asilo Doutor Carlos Romeiro; conheça atividades para garantir mais qualidade de vida



Foto: Jornal CORREIO


 

O Jornal CORREIO alerta para uma triste realidade: faltam vagas nos asilos de Lafaiete. Conforme situam a gerente de Proteção Social Aline da Silva Gonzaga Melo e a técnica de Referência da Vigilância Socio­assis­tencial, Tatiana Aparecida Borges dos Santos, em Lafaiete, existem três Instituições de Longa Permanência (ILPIs) privadas (Nosso Lar, Bem Viver e Instituto Nossa Senhora das Graças) e uma Organização da Sociedade Civil (Asilo Dr. Carlos Romeiro), vinculada a Sociedade São Vicente de Paula. Mas esse último está em vias de fechar as suas portas, após décadas de um grande trabalho assistencial:


“De acordo com o mapeamento realizado por esta Secretaria em abril deste ano, as unidades privadas ofertam 69 vagas, que são gerenciadas pelas próprias instituições. Já as vagas da rede pública são ofertadas por meio de parcerias. Com o anúncio de encerramento das atividades do Asilo Doutor Carlos Romeiro, as vagas que anteriormente eram ofertadas não foram aqui contabilizadas e o município está articulando nova parceria para oferta deste serviço de acordo com a demanda”, detalham. O custeio depende da forma pela qual o idoso foi acolhido no serviço. “Em alguns casos, a responsabilidade é da família e, em outros, do Poder Público”, acrescentam.


O número, segundo afirmam, está bem aquém da real necessidade da cidade: “O processo de envelhecimento no país, associado aos aspectos de dependência dos idosos, tem fomentado a busca constante de vagas pelas famílias, que não conseguem gerenciar os cuidados necessários para com seus idosos”, explicam. O fato é que, em muitos casos, os familiares cumprem bem a função de cuidar dos seus idosos, retribuindo a atenção e carinho que receberam desde a infância até a vida adulta. Tanto as relações quanto as interações sociais são essenciais em todos os momentos e fases da vida:


“As vagas de acesso para este serviço são solicitadas pelos técnicos da rede so­cio­assis­tencial, após acompanhamento sistemático do ido­so e sua família, quando os vínculos familiares foram totalmente rompidos e o idoso en­con­tra-se em situação de violência”, acrescentam.

Fim do asilo Doutor Carlos Romeiro?
Segundo apurou a nossa Re­portagem, o asilo, de fato, será fechado, só não se sabe exatamente quando. A prefeitura de Lafaiete continua sem repassar o dinheiro por conta da falta das certidões e outras situações citadas na reportagem anterior e a administração também não respondeu aos nossos questionamentos.


Novos asilos seriam a solução?
Conforme explicam Aline da Silva Gonzaga Melo e Tatiana Aparecida Borges dos Santos, a autorização de funcionamento para estas novas unidades envolve questões sanitárias, de segurança e projeto de Pre­venção de Com­bate à In­cêndios, expedido pelo Cor­po de Bom­beiros, documentos fora da abrangência das competências da Secretaria de Desen­vol­vimento Social. “Dentro da Política Nacional de Assistência Social, este serviço é caracterizado como Proteção Social de Alta Complexidade, ofertando acolhimento ao idoso nos casos de esgotamentos de possibilidades de convivência familiar. Importante ressaltar que o acolhimento é para os casos acompanhados pela rede socioassistencial e Órgãos de Justiça”, detalham.


Envelhecendo com saúde
A ideia é garantir ao idoso o máximo de saúde, felicidade e independência. E dentro dessa perspectiva, uma boa alternativa é recorrer aos serviços oferecidos pelos Centros de Re­fe­rência em Assistência Social, ou Cras, que são um serviço vinculado a Proteção Social Básica e que trabalha ações de prevenção.


“Nas unidades é ofertado o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) para as pessoas idosas realizando grupos com foco na convivência e nas relações familiares e comunitárias. As atividades que visam atender às demandas e aos interesses inerentes a essa faixa etária – acima de 60 anos. Também são realizados atendimentos no domicílio, por meio de acompanhamento domiciliar aos idosos em situação de isolamento, dependência de cuidados. O SCFV é realizado também no “Ser Maior”, localizado na rua Dom Silvério, 353, Museu. Neste espaço são ofertadas várias oficinas para os idosos do nosso município, conforme abaixo:


1 - Oficina “Café, prosa e vivências” – terça-feira, às 14h: oficina com o intuito de criar um ambiente de acolhimento e trocas de saberes, propiciando um espaço de construção coletiva, aberto ao diálogo e fortalecimento do vínculo comunitário.
2- Oficinas “Práticas corporais e mo­vi­mentar” – Terça (8h) e quarta-feira (14h): atividades desenvolvidas respeitando a capacidade funcional do ido­so em seu processo singular de en­ve­lhecimento. Práticas corporais di­ver­sas, que incluem: exercícios de fortalecimento, alongamento, mo­bi­li­da­de, equilíbrio, coordenação e respiração.
3- Oficina “Bem-estar” – Quinta-feira, às 8h: Oficina para elaboração do cronograma de atividades da rotina, como também repensar em quais atividades poderão delegar para gerenciar melhor o tempo, assim como inserir atividades de autocuidado.
4 –Oficina “Mente ativa” - Segunda-feira (8h), terça-feira (9h) e quarta-feira (15h): Oficina direcionada para preservar ao máximo a memória, com intuito de prevenir possível quadro demencial, minimizando os prejuízos da perda de memória que ocorrem naturalmente com o envelhecimento.
5– Oficina “Meditação guiada” – Quin­ta-feira (14h): momento direcionado pa­ra o autocuidado e autoco­nheci­mento, contribuindo para um re­la­xamento físico e mental e para que os idosos possam valorizar as próprias características pessoais, fortalecendo sua autoestima.
6- Oficina “Duro na queda” - Sextas-feiras, às 8h e 14h: As queixas de desequilíbrio corporal, como vertigens, tonturas, sensação de flutuação, desequilíbrio, sensação de quedas, acarretam insegurança em relação à capacidade dos indivíduos de exercerem atividades físicas rotineiras. A terapia de reabilitação vestibular (TRV) é um tratamento complementar, não invasivo, baseado em um grupo de exercícios personalizados. Os participantes serão idosos com queixa de tontura, vertigens e/ou desequilíbrio.
Essa ações são realizadas nos setores citados, podendo os idosos acolhidos procurarem por este serviço.

 

Mais cuidado com Nossos idosos

Com 33,6 milhões de pessoas acima de 60 anos, o Brasil vê crescer essa população, que tem estimativa de chegar a 73,4 milhões de indivíduos em 40 anos. Isso deve representar um terço dos brasileiros, parcela que vai precisar do apoio familiar e de políticas públicas para ter boa qualidade de vida.


Fonte: PMCL e Jornal Super, de 21 a 27/04/2023




Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383


Postado por Rafaela Melo, no dia 04/06/2023 - 08:50


Comente esta Notícia