19 de Outubro é o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. A doença tem aumentado em todo país nos últimos anos e preocupado as autoridades sanitárias. Apesar de curável, esta Infecção Sexualmente Transmissível (IST) pode trazer sérios riscos à saúde.
Em Congonhas, o número de casos de sífilis tem crescido em 2022 e deve superar o total de registros do ano passado. De acordo com o setor de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, só este ano já foram confirmados 123 casos da doença. Em 2021 foram ao todo 126 registros.
A Secretaria Municipal de Saúde trabalha o ano todo na conscientização preventiva contra a sífilis através dos agentes comunitários de saúde, bem como no acompanhamento e orientação aos usuários da Clínica da Criança e da Mulher. Estas ações de conscientização são intensificadas nas regiões onde os diagnósticos positivos são confirmados.
O QUE É A SÍFILIS?
A Sífilis é um infecção causada por uma bactéria que pode atingir todas as pessoas sexualmente ativas, e pode até ser passada de mãe para filho. Algumas vezes ela pode passar despercebida ou ser confundida com outras doenças. Por isso é importante estar atento há alguns detalhes que podem indicar a presença da infecção.
SINAIS DE SÍFILIS
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele)
Podem surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Pode ocorrer febre, ínguas pelo corpo, mal-estar e dor de cabeça.
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO
A confirmação do diagnóstico é feito através de testes rápidos de sangue que podem ser feitos em todas as Unidades Básicas de Saúde de Congonhas, de segunda a sexta-feira. Basta o paciente manifestar interesse na testagem no acolhimento com os enfermeiros. O tratamento é feito com a penicilina benzatina, antibiótico que é disponibilizado pelo SUS.
É importante que todas as parcerias sexuais no últimos meses antes do diagnóstico sejam testadas para que o ciclo de transmissão da doença seja interrompido. Apesar de ter cura, o paciente pode se reinfectar, uma vez que o tratamento não oferece imunidade contra a bactéria.
O uso de preservativos (masculinos e femininos) em todas as relações sexuais (inclusive anais e orais) é a principal forma de prevenção da sífilis e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). O acompanhamento das gestantes e dos parceiros sexuais durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.
A DOENÇA SE MANIFESTA EM TRÊS ESTÁGIOS
A sífilis é uma doença traiçoeira que possui três fases com sintomas variados que podem desaparecer mesmo sem tratamento, ficando de forma silenciosa por um período no organismo.
Sífilis primária: o primeiro sinal, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, é o surgimento de uma ferida, geralmente única e indolor, chamada de “cancro”. Essa lesão surge algumas semanas após o contato sexual e é rica em bactérias do Treponema Pallidum. Este estágio pode durar de duas a seis semanas.
Sífilis secundária: erupções (manchas e/ou bolhas) na surgem na pele, em várias partes do corpo, que geralmente não coçam, podendo atingir a planta dos pés e a palma das mãos. Estes sinais aparecem, em média, após seis semanas a seis meses depois da infecção e duram de quatro a doze semanas. Neste estágio pode haver febre, mal-estar, dor de cabeça, desânimo e aumento de ínguas.
Sífilis terciária: Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas (neurossífilis), podendo levar à morte.
Sífilis congênita: É a infecção transmitida da mãe para o bebê. Ela pode acontecer em qualquer fase da gravidez e quando a mãe não é tratada, pode ocorrer má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. O bebê pode nascer aparentemente saudável, mas nos primeiros meses de vida, durante ou após dois anos, pode apresentar pneumonia, feridas no corpo, alterações nos ossos e no desenvolvimento mental, surdez e cegueira.
Por Reinaldo Silva – Comunicação Prefeitura de Congonhas
Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Jahu
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Postado por Nathália Coelho, no dia 20/10/2022 - 11:00