O DIU (dispositivo intrauterino) é um dos métodos anticoncepcionais utilizados pela mulher para evitar a gravidez. Muito seguros, os dispositivos apresentam taxas de gestação menores que 1% quando utilizados de forma correta.
Apesar de ser um dos métodos mais eficazes em relação à contracepção, o DIU ainda é usado somente por 2% das mulheres brasileiras, enquanto na Europa essa taxa é de 25%. Atualmente, existem 3 principais tipos de DIU no mercado: o DIU de cobre, DIU Mi* e DIU Kyle*. A seguir, conheça mais sobre cada um deles e veja qual é o ideal!
DIU de cobre
O DIU de cobre foi o primeiro dispositivo a ser desenvolvido. Sem apresentar hormônios em sua composição, O DIU de cobre funciona ao provocar uma reação inflamatória no útero, de modo a alterar o muco presente, tornando o ambiente desfavorável para que a fecundação.
A substância do cobre diminui a movimentação dos espermatozoides quando entram em contato com a cavidade uterina, durante a relação sexual. Isso impede que subam até a trompa.
Por não se tratar de um método hormonal, a menstruação não é suspensa com o uso do DIU de cobre. Em alguns casos, o fluxo pode até mesmo aumentar, assim como cólicas durante o período de adaptação, nos 6 primeiros meses.
A validade do uso do DIU de cobre é de, no máximo, 10 anos, de acordo com o modelo escolhido. Além disso, o dispositivo pode ser retirado antes do prazo. Por não apresentar hormônios em sua composição, o DIU não oferece restrições para mulheres com câncer de mama, por exemplo.
DIU Mi*
O DIU Mi*, revestido por levonorgestrel (hormônio sintético da progesterona), é conhecido como o DIU hormonal ou SIU (sistema intrauterino). O levonorgestrel é responsável por afinar o endométrio e alterar o muco cervical. Dessa forma, o útero deixa de ser um ambiente propício para que a fecundação ocorra.
Enquanto o DIU de cobre pode causar desconforto como cólicas e fluxo menstrual intenso, o DIU Mi* evita esse tipo de situação, visto que diminui o processo inflamatório local. Com a liberação dos hormônios durante a aplicação, 44% das mulheres que utilizam o DIU Minera param de menstrual após 6 meses de uso.
Esse tipo de dispositivo é muito indicado para quem sofre com problemas como a endometriose. O tempo de eficácia do DIU Mi* é de 5 anos, por isso, deve ser retirado após esse período.
DIU Ky*
Semelhante ao DIU Mi*, o DIU Kyle* é um dispositivo em formato de “T” que age na liberação do levonorgestrel no organismo. O DIU conta com 19,5 mg da substância e, após sua inserção, libera 17,5 mcg nos primeiros 24 dias. Após 60 dias, essa taxa cai para 15,3 mcg.
Menor que o DIU Mi*, o Kyle* mede 30 mm de comprimento, 28 mm de largura e apenas 1,55 mm de espessura. Devido seu tamanho, o uso do DIU é permitido em mulheres com útero pequeno ou mesmo adolescentes.
Além disso, esse modelo de dispositivo conta com a presença de sulfato de bário, substância que torna o DIU visível em exames de raio-x, assim como um anel de prata, permitindo que seja visto em ultrassons. Ainda que o Kyle* libere menos hormônios que o Mi*, o DIU também oferece proteção contra gravidez por até 5 anos.
Qual o modelo ideal?
Pesquisas como a realizada na Universidade de Princeton, podem afirmar que o DIU é o método contraceptivo mais eficaz. Afinal, o índice de falha é de 0,2 a 0,8%, enquanto o índice de falha da pílula anticoncepcional é de 9%, e de preservativos de 20%.
Por isso, para determinar o modelo ideal entre o DIU de cobre, Mi* ou Kyle*, a melhor alternativa é escolher a melhor opção junto ao seu médico, com a decisão baseada individualmente em seu caso.
Devemos ressaltar que, apesar de ser um método contraceptivo extremamente seguro, o DIU, seja qualquer um dos modelos apresentados, não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, além do uso do dispositivo para evitar uma gestação, é fundamental o uso da camisinha durante relações sexuais.
No post de hoje você conheceu melhor o que é DIU, a diferença entre os modelos de cobre, Mi* e Kyle*, e como escolher a opção ideal para evitar uma gravidez de acordo com seu caso.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 27/09/2022 - 09:32
