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Comunidade


Editorial: A farra dos candidatos a deputado por Lafaiete




 

Lafaiete confirmou, nesta semana, que terá 12 candidatos a deputado nas eleições do dia 2 de outubro. Nada demais se não tivéssemos poucos votos para distribuir entre eles. O município possui, hoje, 97.282 eleitores, dos quais pelo menos 20% devem optar pela nulidade, votar em branco ou simplesmente abster-se de cumprir seu dever cívico com a democracia brasileira.

O que sobra terá que ser dividido, pasmem, com 12 postulantes que mantêm residência fixa na cidade e outras dezenas dos chamados candidatos paraquedistas, aquela turma que só aparece por essas plagas de quatro em quatro anos. Essa farra de postulantes a cargos eletivos faz parte da cultura local e está ligada diretamente ao histórico de não fazer muitos deputados nos pleitos passados. Enquanto outras cidades do mesmo porte conseguem eleger mais de um candidato, Lafaiete vive esse calvário em todo o arranca-rabo. A duras penas e contra a vontade de muita gente, o município tem conseguido eleger um parlamentar na Assembleia Legislativa desde 2010.

Este ano, por sua vez, com a decisão do deputado Glaycon Franco de tentar a sorte para deputado federal, o perigo de não conseguir fazer um representante é real. Os estragos provocados pela não eleição de um postulante que more e tenha família na cidade, ou seja, um lafaietense nato, seria catastrófico sob todos os aspectos e mais ainda para as pretensões futuras de CL, em termos sociais, econômicos e, principalmente, para a área da saúde. Nossa cidade voltaria ao tempo e reassumiria seu tradicional posto de terra de ninguém, onde apenas os votos são importantes. Por mais que o candidato de fora venha, firme compromissos e anuncie promessas, seu porto seguro é sua base, sua terra, e seus redutos eleitorais. Lafaiete, com os seus quase 100 mil eleitores, seria apenas mais um local para pegar uns votinhos a cada quatro anos, e só.

Portanto, é necessário que os 12 postulantes pensem mais na cidade e menos em seus umbigos, e abram mão para quem, de fato, tenha densidade política e chances reais de buscar uma vaga para o Congresso e a ALMG. Há possibilidades de isso acontecer, mas é preciso esquecer o eu e pensar mais no nós. Conselheiro Lafaiete, certamente, vai agradecer de pés juntos e mãos postas.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 11/08/2022 - 14:00


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