Casa de Cultura Gabriela Mendonça - é um dos casarões mais
antigos de Lafaiete e uma das poucas construções setecentistas ainda existentes na cidade. Pertenceu ao tenente-coronel e coletor municipal
José Augusto Moreira de Mendonça - pai da professora Gabriela Mendonça.
O patrimônio de Lafaiete contará com um aporte de, pelo menos, R$ 4.305.000,00 em 2022. De acordo o planejamento que vem sendo executado pela prefeitura de Lafaiete e Secretaria de Cultura, há cinco obras de restauro sendo executadas ou já aprovadas, com recursos definidos. Mas esse valor pode se tornar ainda maior, caso os setores consigam articular novas fontes de recurso. E são edificações importantes, que não só compõem a paisagem da cidade como a conhecemos, mas que também guardam muito da nossa cultura e história.
Em termos de valor investido, a maior obra é a da Casa de Cultura Gabriella Mendonça, que, inclusive, foi tema de uma reportagem especial do Jornal CORREIO. Segundo o secretário de Cultura, Geraldo Lafaiete, a inauguração está prevista para julho: “O valor de planilha é de R$ 2.100.000,00, pagos pela Copasa, por meio de TAC com o Ministério Público. O valor total da obra chegará a R$ 2.500.000,00, complementados com recursos do Fundo do Patrimônio.
Outro grande investimento será feito na bela estação de Buarque de Macedo. “O início da obra aguarda a autorização do Iphan. Serão investidos R$ 850.000,00 - recurso pago pela Gerdau por meio de um projeto da lei federal para captação”, situa. Em seguida, vem o restauro da fonte luminosa da praça Tiradentes, já anunciada na edição anterior. A empresa Minas Construções e Restaurações Eireli iniciou os trabalhos na segunda-feira, dia 17, e terá R$ 505.000,00 para realizar o trabalho. Os recursos são do Fundo de Preservação do Patrimônio Histórico.
O cronograma ainda inclui a reforma do telhado da Casa de Hóspedes da Remonta, que será quitada com R$ 300.000,00 vindos do próprio Fundo do Patrimônio, e a reforma da Fonte Grande, custeada pelos R$ 150.000,00 viabilizados por emenda parlamentar do deputado estadual Glaycon Franco (PV). Conforme avalia o prefeito Mário Marcus (DEM), “São obras importantes, visando à preservação do patrimônio e que irão gerar mais arrecadação no ICMS Cultural. Manteremos viva a história da nossa cidade”, avalia.
Mas não para por aí: segundo Geraldo Lafayette, o projeto de restauro do monumento ao trabalhador, no Areal, já vem sendo elaborado por empresa contratada. “Não temos ainda uma planilha com valor definido. Após a conclusão desse projeto, a planilha será apresentada e uma nova empresa será licitada para a execução”, pontua o secretário. Enquanto isso, tramitam em Brasília, aguardando aprovação para captação de recursos, os projetos de restauro da capela de Santo Antônio e o restauro completo da Casa de Hóspedes. Para esses projetos ainda não há uma empresa patrocinadora definida.
Investimentos em Patrimônio previstos para 2022
Casa da Cultura Gabriela Mendonça - R$ 2.500.000,00
Fonte luminosa da Praça Tiradentes - R$ 505.000,00
Fonte Grande R$ 150.000,00
Estação de Buarque R$ 850.000,00
Telhado da Casa de Hóspedes R$ 300.000,00
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R$ 4.305.000,00
Reformas que aguardam recursos ou projeto
Capela de Santo Antônio
Restauro completo da Casa de Hóspedes
Monumento ao Trabalhador
Fonte luminosa da Praça Tiradentes – foi construída na década de 1940, durante o mandato do prefeito Dr. Mário Rodrigues Pereira, pelo
técnico projetista Antônio Correa Beraldo. Finalizada em 1942, foi
considerada, à época, um símbolo de inovação na cidade.
Fonte Grande - a antiga fonte, feita de alvenaria e bicas de ferro, foi construída no século XIX pelo capitão José Inácio Gomes Barbosa. Manteve sua estrutura original 1977, quando passou pela primeira intervenção como parte das obras de modernização do bairro. Era usada pelas lavadeiras do bairro.
Estação de Buarque - Inaugurada em 1893, a estação de Buarque de Macedo recebeu o nome em homenagem ao ministro de Obras Públicas. Está fechada desde os anos de 1980.
Casa de Hóspedes – erguida no início do século XX em um estilo que se aproxima do neoclássico, foi a casa de veraneio do Governo de Minas. Comprada pelo Governo Federal, através da diretoria da Remonta do Exército, tornou-se a
residência oficial do Comando da Caudelaria até a sua
extinção, em novembro de 1959.
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Postado por Mariana Carvalho, no dia 06/02/2022 - 14:57
