Jeceaba, terra da cachaça e das cachoeiras

Município oferece contato com a natureza, turismo religioso e a típica comida mineira

Povoada por portugueses, espanhóis e italianos nos anos 1910, a região começou a ser ocupada por trabalhadores do Ramal Paraopeba da Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB). À época, com o nome de Camapuã, que no idioma dos índios significa “morro redondo”, o povoado era composto por 30 casas e pertencia a Entre Rios de Minas.

Após a inauguração do Ramal Paraopeba, ligando Lafaiete e Belo Horizonte, o local começou a se desenvolver rapidamente, sendo classificado como distrito. O nome passou para Jeceaba, fazendo referência a Yi-ecê-aba, um nome indígena que significa “reunião de águas”. O ponto de encontro é a praça Tancredo Neves, no centro da cidade. Cercada por árvores, é utilizada por moradores para bater papo no fim de tarde, brincar ou namorar.

A proximidade com a natureza garante muitas atividades ao ar livre, incluindo banhos em águas naturais. A cachoeira de São Mateus é a mais preservada, cercada por clareiras e matas. As cachoeiras Santa Cruz e Tartária também alegram os visitantes com espaços para caminhadas, camping e ecoturismo. A Serra do Gambá e o Mirante do Taquaral são muito procurados por peregrinos e para a prática de trilhas.

Na sede do município veem-se traços da forte presença religiosa. A Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição é dedicada à padroeira da cidade e foi fundada em 1941. Outros pontos importantes são as capelas de Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores e a de Santa Izabel, em distritos do entorno.

Com forte participação da zona rural na economia, o destaque vai para o leite e a produção da famosa cachaça Jeceaba em mais de 20 localidades. Um dos cartões-postais é o viaduto, chamado de pontilhão, avistado na entrada da cidade. Fazem parte da cultura local eventos como a Festa do Peão Boiadeiro, festas dedicadas à Nossa Senhora da Conceição e a de São Sebastião, além de festivais de gastronomia que valorizam a culinária local.