Conheça Ouro Branco, um dos povoados mais antigos do estado

Município cativa pela simplicidade e riqueza histórica, entrelaçada com a natureza e casarões antigos

A Serra do Ouro Branco é ponto de turismo e fé para a população

A apenas 21km de Lafaiete encontra-se Ouro Branco, município de aproximadamente 40 mil habitantes e que surpreende com uma rica história, entrelaçada com o surgimento de Minas Gerais por ser um dos povoados mais antigos do estado. Com a chegada dos primeiros bandeirantes, durante a exploração do ouro no século XVII, Miguel Garcia encontrou o metal precioso com uma cor clara, que ficou conhecida posteriormente como ‘ouro branco”.

A turismóloga Luiza de Almeida destaca alguns pontos turísticos imperdíveis na cidade: “No segmento do Ecoturismo ou de aventura temos a Serra do Ouro Branco, no Parque Estadual da Serra do Ouro Branco, que conta com uma paisagem deslumbrante, inúmeras trilhas, cachoeiras e grutas, além da biodiversidade única, com seus campos rupestres e canelas-emas centenárias. Além da prática de esportes como ciclismo, trekking ou parapente”.

Para ela, o turista deve buscar roteiros que ofereçam a oportunidade de conhecer espaços naturais com a boa cozinha mineira para se relacionar com o local e os moradores. “Os espaços naturais fazem parte das rotas turísticas: Estrada Real, Caminhos Religiosos (CRER) e Caminhos de São Tiago. Assim, além do espaço natural é também um espaço histórico-cultural, o turista encontrará pelo caminho construções características do Brasil Colonial, como Pontes de Cantarias, muros de pedras e, ainda no percurso da Estrada Real, há fragmentos de pedras da época”, relata.

Na sede do município, construções históricas compõem a paisagem. “Temos a Igreja Matriz Santo Antônio, que está em um processo de restauro e ao lado o Casarão, ambas construções do início do séc. XVIII. Nas comunidades rurais contamos com a Igreja Matriz de Santo Antônio de Itatiaia e a Casa de Pedra, onde funciona a biblioteca pública e a Associação Cultural Os bem-te-vis. Além de ótimos restaurantes e choperias, a gastronomia é um diferencial no vilarejo”, conta.

Igreja Matriz de Santo Antônio vista por dentro

Luiza, que não é natural de Ouro Branco, se mudou para a região a trabalho e se encantou: “Vim para a cidade em janeiro de 2012, exclusivamente para trabalhar. Mas, em pouco tempo me senti parte dessa história, pois a cidade tem essa característica, desde os primórdios. Uma vocação natural de acolher e principalmente de se reinventar. Não existe forasteiro, somos todos inseridos de forma natural. Próximo à divisa entre os municípios de Congonhas e Ouro Branco há um monumento, obra do artista Amílcar de Castro, um cadeado aberto, indicando que a cidade está de portas abertas para turistas, novos moradores, novos empreendimentos, novas ideias e conhecimentos”.

Após sofrer um processo de ocupação a partir da década de 70, município e população se esforçam para preservar a memória local. “Na Serra do Ouro Branco, por exemplo, acontece a Festa de Nossa Senhora Aparecida, no 3º domingo de agosto. A tradição foi iniciada por um morador local, que para cumprir uma promessa, construiu a capela no alto da serra. Assim, iniciou a peregrinação que a população mantem até hoje. É uma ação que envolve toda a comunidade, que se sente responsável, é um sentimento de pertencimento, um local de lazer e também um espaço religioso”, observa a turismóloga.

Com toda a importância para a região e seu peso histórico, a cidade preserva características do interior, oferecendo bons serviços aos munícipes em vários setores como educação, lazer e gastronomia. “Não há como conhecer Minas Gerais sem conhecer Ouro Branco. Os espaços são construídos a partir do cotidiano das pessoas, são histórias contadas através das construções, manifestações populares e religiosas, contos ou literatura. É uma região com grande diversidade de segmentos turísticos e cenários, desde o histórico-cultural até o natural passando pela aventura. Conheça Ouro Branco!”, convida Luiza.

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