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Política


Proteção animal: Renato Pelé rebate críticas de deputado estadual

Vereador lafaietense esclarece que a intenção é saber se a lei municipal está sendo cumprida




 

Gerou repercussão nas redes sociais um comentário feito pelo deputado estadual Osvaldo Lopes (PSD) sobre um requerimento apresentado pelo vereador Renato Gonzaga de Melo (PODE). No dia 22 de junho, o Renato Pelé, como é conhecido, solicitou à administração municipal informações sobre a aplicabilidade da Lei Municipal nº 5.619, de 26 de maio de 2014. Sancionado pelo então prefeito Ivar de Almeida Cerqueira Neto, o texto "Dispõe sobre a proibição de animais soltos em vias públicas, estabelece sanções administrativas e pecuniárias e dá outras providências".

Em sua justificativa, o edil citou os transtornos que os animais, soltos em via pública, estariam causando aos munícipes, desde ataques aos pedestres e problemas de saúde pública à saúde e segurança dos próprios animais. Também questionou a possibilidade de se recolher imediatamente e abrigar esses animais, conforme prevê a lei. Mas a proposta não foi bem recebida pelo deputado estadual. Usando a sua rede social, ele classificou de surreal a postura do legislador lafaietense: “O vereador Renato Pelé está requisitando que haja imediato recolhimento dos cães soltos nas ruas, sem que qualquer organização qualificada seja envolvida em tal ação e muito menos que haja preparo dos cuidados posteriores para tais animais. Uma completa aberração”. Osvaldo Lopes afirma que a medida, além de não ter sido debatida com a proteção animal do município, vai muito além do que dita o bom senso. “O gesto arbitrário fere a dignidade dos animais, podendo levar, inclusive, a casos de maus-tratos, dependendo de como o cerceamento da liberdade for conduzido”.



Mal interpretado


Conforme explica Renato Pelé, sua iniciativa não foi bem interpretada pelo deputado estadual. “Não estou defendendo a proibição dos animais na rua, mas me preocupo com aqueles que estão abandonados e não possuem um tratamento devido. Por exemplo: no frio que fez essa madrugada (dia 22), os animais de rua possuíam abrigo para se proteger? Com relação a comida, são alimentados na hora certa quando estão com fome? A Lei 5.619, de 2014, determina que o Executivo tenha um abrigo para esses animais serem bem cuidados. O requerimento feito por mim foi exatamente para saber como está sendo feito este controle”, detalha.

A queixa da falta de uma organização qualificada seria, inclusive, uma das dúvidas expressas no requerimento. “Eu, enquanto vereador e fiscalizador, quero saber do Executivo as medidas tomadas para proteger os animais de rua, conforme a lei já existente desde 2014. O conteúdo do meu requerimento é, exatamente, para tentar achar a melhor forma de tratamento para os animais soltos na rua. Agora, para saber como isso será na prática, é preciso fazer um estudo junto aos órgãos competentes”, argumenta o vereador, que lamenta a postura do deputado: “A minha preocupação é exatamente proteger os animais. Reconheço o trabalho desempenhado pelo deputado junto aos animais, inclusive tem meu apoio. Porém, ele interpretou errado a minha intenção e não conhece a minha trajetória e ideais. Minha imagem está sendo denegrida sem fundamentos. Eu desenvolvo projeto social com crianças e adolescentes há 11 anos e tenho reconhecimento da sociedade devido meu empenho e esforços, o que é o combustível para dar continuidade ao meu trabalho”, finaliza.




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Postado por Mariana Carvalho, no dia 11/07/2021 - 18:49


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