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Saúde


Governo de Minas decreta onda roxa em todo o estado a partir de quarta-feira, 17 de março




 

Em reunião com prefeitos e representantes de consórcios municipais na última segunda-feira, 15 de março, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou que todo o estado entrará na onda roxa do programa Minas Consciente. A medida, entra em vigor a partir de quarta-feira, 17 de março e, a princípio, terá validade de 15 dias.

Durante a reunião, o governador relatou o agravamento da situação em todas as macrorregiões do estado e afirmou que a situação atual é a mais grave desde o início da pandemia. Minas Gerais enfrenta um cenário de caos na saúde pública, com hospitais no limite da ocupação de leitos e pessoas que não estão respeitando as medidas de isolamento social.

A decisão de estender a onda roxa para todas as cidades veio após conversas com especialistas da área da saúde e com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19. Ambos reforçaram a necessidade de adotar medidas mais restritivas para frear a disseminação da doença.

“As filas nos hospitais só têm aumentado. Sabemos que a solução definitiva para esse cenário é a vacinação. Ela está mais rápida, mas ainda é insuficiente para garantir a queda na busca por atendimento médico. Por isso, não nos resta opção a não ser adotar medidas mais restritivas. É uma questão humanitária, para não assistirmos cenas de horror”, reforça Zema.

Em entrevista, o novo secretário de Saúde do estado, Fábio Baccheretti, afirmou que estão trabalhando para expandir os leitos disponíveis. “Estamos utilizando todos os recursos possíveis. Os hospitais da Fhemig estão adaptando blocos cirúrgicos, pronto-atendimento, para vivarem leitos de CTI. Faremos remanejamento de equipamentos, para que os municípios consigam durante essas próximas semanas ampliar leitos”, conta

Conforme noticiado aqui pelo Jornal CORREIO, a prefeitura de Lafaiete emitiu um decreto colocando o município na onda roxa desde o último sábado, 13 de março, até o dia 27 de março.

Fiscalização

Na reunião de segunda-feira, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rodrigo Rodrigues, afirmou que a corporação irá atuar de forma conjunta com guardas municipais para garantir que as recomendações sejam cumpridas nos municípios.

“Vamos reforçar os nossos turnos, principalmente nos horários de 15h às 23h e 23h até as 6h, para evitar a circulação. Onde não há guardas municipais, a própria Polícia Militar está sendo orientada para dar esse apoio aos municípios. Principalmente em relação a aglomerações em sítios, pessoas fazendo churrasco. Vamos atuar efetivamente, como foi feito durante o Carnaval”, reforçou.

Onda Roxa

Em entrevista para a imprensa nesta terça-feira, 16 de março, Romeu Zema pediu que a população adote as medidas de proteção contra o Coronavírus e que respeite o decreto. “Estamos aqui hoje para tratar de uma questão que, há um ano, tem causado transtorno e tristeza a toda a sociedade. O sistema de Saúde de Minas Gerais entrou em colapso. Ou seja, o número de pessoas que demandam cuidados médicos é maior que a capacidade de atendimento”, alertou o governador.

Assista ao comunicado na íntegra:

O que muda com a onda roxa?

Segundo o protocolo do programa Minas Consciente, a onda roxa tem duração inicial mínima de 15 dias. Nesse período, só é permitido o funcionamento de serviços essenciais e a circulação de pessoas fica limitada aos funcionários e usuários desses estabelecimentos. O deslocamento por qualquer outra razão deverá ser justificado e a fiscalização será feita com o apoio dos municípios e da Polícia Militar.

As regras para os municípios que estiverem na onda roxa incluem a proibição de circulação de pessoas sem o uso de máscara de proteção, em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado; a proibição de circulação de pessoas com sintomas gripais, exceto para a realização ou acompanhamento de consultas ou realização de exames médico-hospitalares; a proibição de realização de reuniões presenciais, inclusive de pessoas da mesma família que não coabitam; e realização de qualquer tipo de evento público ou privado que possa provocar aglomeração, ainda que respeitadas as regras de distanciamento social.

São considerados serviços essenciais:

Setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem via delivery);
Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias etc.);
Bancos;
Transporte Público (deslocamento para atividades essenciais);
Energia, Gás, Petróleo, Combustíveis e derivados;
Manutenção de equipamentos e veículos;
Construção civil;
Indústrias (apenas da cadeia de Atividades Essenciais);
Lavanderias;
Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;
Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.)

 




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Postado por Mariana Carvalho, no dia 16/03/2021 - 16:53


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