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Em 10 meses, preço da gasolina sobe quase 40% em Lafaiete




 

Nesses tempos de pandemia e crise financeira, para muita gente, o melhor argumento para ‘ficar em casa’ tem sido mesmo o preço da gasolina. Comparando os valores colhidos em 27 de abril do ano passado com o observado no dia 3, o aumento no preço do combustível foi de 39,5% em Lafaiete. O valor médio apurado na bomba subiu de R$4,02 para R$5,61. E a realidade é ainda pior para quem opta pelo etanol, que subiu de R$2,79 (em média) para R$4,22 (R$1,43 ou 51%).

Para tentar minimizar o prejuízo, só mesmo pesquisando. Afinal, dentro da cidade, o valor pago pelo litro do combustível pode variar até R$0,29. O preço mais alto foi encontrado no posto Praça da Bandeira (R$ 5,738). Já o menor custo foi identificado em três postos da cidade: R$5,449 no Bela Vista, Trevo Santa Matilde e Monteiro, ou seja, cerca de R$14,50 a menos para encher um tanque de 50l de combustível.

Quem possui carros com motor flex pode tentar salvar alguns centavos usando etanol. Exceto no Trevão, onde o etanol custa R$3,799 e gasolina R$5,599 (0,678%), a proporção entre o que se paga pelos dois combustíveis fica acima de 0,7. E aí vai mais uma continha: quem abastece nos postos Avenida, Lafaiete, POP, Três Irmãos, Shell – antigo Santa Matilde, Chapadão, Gigante, Rochedo e Via Lobo paga R$4,299, contra R$3,799 no Trevão - (R$0,50) ou R$4,089 no Bela Vista (-R$0,21) tem uma opção menos distante.

 

Alta na gasolina supera aumento do salário mínimo

 

Os dados fornecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reforçam essa sensação. Segundo o órgão, desde a primeira semana de 2021 até meados de fevereiro, o preço da gasolina nos postos de combustíveis brasileiros aumentou, em média, cerca de 7,7%. A alta já supera o reajuste do salário mínimo deste ano, que foi de 5,26%. Um novo reajuste de valores dos combustíveis anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira (1º) pode tornar o custo ainda mais oneroso, enquanto cresce a pressão pela revisão da política de preços da estatal.

Esse novo reajuste da gasolina para as refinarias, de 4,8%, será o 5º deste ano. Acumulados, os aumentos somam 41,5%. E não atingem apenas a gasolina: o diesel, combustível mais utilizado pelos caminhões no país, e o gás de cozinha também terão aumento, de 5%, 5,2%, respectivamente. No caso do diesel, será o quarto do ano, gerando acúmulo de 34,1% de elevação do valor.

Entenda - o preço cobrado nas refinarias da Petrobras corresponde a cerca de 33% do preço pago pelos consumidores finais da gasolina e a 51% do preço final do diesel. Isso porque, segundo a estatal, até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis. Também é importante acrescentar que os preços praticados nas refinarias da Petrobras são reajustados de acordo com a taxa de câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar.




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Postado por Clara Maria, no dia 15/03/2021 - 17:20


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