Com UTIs lotadas, Lafaiete pode ser enquadrada na onda roxa do Minas Consciente

Lafaiete pode estar prestes a enfrentar a fase mais restritiva do Minas Consciente. Em uma reunião finalizada no início da noite de hoje (11/03), a macrorregião Centro Sul discutiu sua possível regressão para a recém-criada onda roxa do programa estadual. O protocolo para essa fase prevê, entre outros pontos, o fechamento de todas as atividades consideradas não essenciais, o toque de recolher das 20h às 5h e a formação de barreiras sanitárias para fiscalização.

A confirmação do lockdown no município depende, ainda, da publicação de dois decretos: um pelo governo estadual – alterando a classificação da macro da onda vermelha para a roxa – e outro do município, ratificando esta mesma decisão. O Jornal CORREIO seguirá monitorando a situação e divulgará a decisão – pela permanência na onda vermelha ou regressão para a roxa - assim que ela for tomada.

E motivos para fechar o cerco não faltam. O boletim divulgado no início da tarde de hoje confirmou duas novas mortes (em um dos casos, o paciente morreu enquanto aguardava por uma transferência) levando a cidade ao total de 74. Já o número de casos confirmados saltou para 6.250 – 438 deles ainda com o vírus ativo no corpo, em período de monitoramento. Como consequência, a cidade vive dias de UTIs lotadas e vários pacientes já tiveram que ser transferidos. A doença também cresce de maneira preocupante entre as crianças e a secretária de saúde, Rita de Kássia, já alerta para o crescimento do risco de um colapso no setor de saúde. Aguarde mais informações em breve.

O que muda com a onda roxa?

Segundo o protocolo do programa Minas Consciente, a onda roxa tem duração inicial mínima de 15 dias. Nesse período, só é permitido o funcionamento de serviços essenciais e a circulação de pessoas fica limitada aos funcionários e usuários desses estabelecimentos. O deslocamento por qualquer outra razão deverá ser justificado e a fiscalização será feita com o apoio dos municípios e da Polícia Militar.

As regras para os municípios que estiverem na onda roxa incluem a proibição de circulação de pessoas sem o uso de máscara de proteção, em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado; a proibição de circulação de pessoas com sintomas gripais, exceto para a realização ou acompanhamento de consultas ou realização de exames médico-hospitalares; a proibição de realização de reuniões presenciais, inclusive de pessoas da mesma família que não coabitam; e realização de qualquer tipo de evento público ou privado que possa provocar aglomeração, ainda que respeitadas as regras de distanciamento social.

São considerados serviços essenciais:

Setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem via delivery);

Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias etc.);

Bancos;

Transporte Público (deslocamento para atividades essenciais);

Energia, Gás, Petróleo, Combustíveis e derivados;

Manutenção de equipamentos e veículos;

Construção civil;

Indústrias (apenas da cadeia de Atividades Essenciais);

Lavanderias;

Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;

Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.)