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Lafaietense relata superação emocionante na luta contra o câncer




 

Foi em um exame de rotina no fim de novembro de 2018 que a motorista Roberta Bertussi Oliveira Machado, hoje com 39 anos, descobriu que teria uma grande batalha pela frente. Com suspeita de câncer de mama, ela foi encaminhada ao mastologista Daniel Saad, no hospital FOB, onde foi submetida a uma biópsia. O resultado veio em 4 de fevereiro de 2019: “O Dr. Daniel me disse que teríamos que cuidar. Então, as lágrimas vieram. Sabia que era o câncer... Eu estava sozinha, e enquanto ele me explicava, continuava chorando. Mas quando terminamos, ele me abraçou e disse que estaria comigo. Foi muito bom ouvir isso dele, porque o apoio da família e amigos eu sabia que teria”, relembra.

O apoio esperado veio – e de forma intensa e emocionante – em várias oportunidades. “Meu diagnóstico foi carcinoma invasor da mama. Então, liguei para a minha mãe e ela disse que passaríamos por isso juntas. Enquanto eu voltava de Ouro Branco para Lafaiete, decide que não iria chorar mais: iria enfrentar tudo o que estava por vir.  Cerca de duas semanas depois, Roberta foi submetida a uma cirurgia conservadora no Hospital FOB: “O Dr. Daniel retirou o nódulo e margem de segurança. Correu tudo bem. Enquanto eu me recuperava, procurei uma oncologista. Optei por BH, no Oncocentro, por ter referência da Dra. Raquel Ribeiro e pela estrutura da clínica” explica.

Depois dos exames, o tratamento foi definido em quatro ciclos de quimioterapia vermelha, a cada 21 dias. Depois, 12 ciclos da quimioterapia branca, a cada 7 dias, hormonioterapia e radioterapia começadas no dia 1º de abril de 2019. “Hoje tomo a medicação em casa e estou na fase só de acompanhamento, porque, na verdade, o tratamento dura cinco anos”, detalha.

O diagnóstico de Roberta mexeu com a vida da família e essa luta, que em muitos casos é solitária, ganhou outros rostos e outras vozes, trazendo mais força e confiança para seguir em frente. “Tinha certeza de que meu cabelo cairia, porque passei por uma cirurgia bariátrica e, com isso, a absorção de vitaminas é mais difícil. Já na primeira quimioterapia, eles me avisaram que se tivesse que cair, começaria 15 dias depois. E assim foi... Uma semana depois, cortei ele mais curto, e no dia 23/04/2019, depois da minha segunda quimioterapia, decide raspar”, conta.

E foi então que ela recebeu mais uma comovente prova de que nunca estaria sozinha: “Quando cortei mais curto, minha irmã, Tatiana Bertussi, também cortou. No dia que fui raspar, ela só me disse que iria tirar uma ponta  do cabelo que a estava incomodando. Eu não sabia que ela também rasparia. Eu me senti muito amada. O apoio da família e amigos é muito importante.  Como eu disse, logo se pensa na morte, e nem sempre é assim. Eu sou prova disso, como tantas outras pessoas que também obtiveram a cura”, reforça.

Hoje mais tranquila, Roberta avalia que enfrentar o câncer trouxe mais alegrias que tristezas: “Fiz fotos da minha transição do cabelo, tenho registros lindos desse um ano e meio de tratamento, fui convidada para participar de palestras, para fazer fotos para uma loja na qual, na verdade, fui homenageada. Conheci e compartilhei histórias que, se não fosse pelo câncer, nunca teria vivido. Mesmo com olhares diferentes, curti minha careca, porque sabia que seria passageiro e que os cabelos caem devido à medicação, mas logo, logo voltam a crescer”.

Acredite na cura

Apesar de não haver somente um fator de risco para o câncer de mama, idade acima dos 50 anos é considerado o mais importante. Mas casos como o Roberta Bertusse, que tinha apenas 37 anos quando diagnosticada, evidenciam a importância de manter em dia a prevenção e os exames de rotina. “Tenham fé, porque nós não sabemos os planos e propósitos de Deus para as nossas vidas. Então, confie e descanse em Deus, porque a morte vem para todos, estando doentes ou não. Digo que sou fruto de um milagre; que Deus é bom todo o tempo, porque Ele é fiel - cuidou e cuida de mim. E mantenham os exames em dia, porque tudo o que é descoberto no início é tratado mais facilmente e é mais fácil de se obter a cura”, alerta.

 




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Postado por Redação, no dia 29/10/2020 - 09:54


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