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Veículos


Com motor a diesel, chevrolet Trailblazer Premier incorpora tecnologias e requintes dos utilitários esportivos modernos




 

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira

Agência AutoMotrix

Em agosto deste ano, um mês após a linha 2021 da picape S10, o Chevrolet Trailblazer apresentou sua linha 2021 para o mercado brasileiro. O SUV grande derivado da S10 continua a ser oferecido exclusivamente na configuração Premier, mas a versão com motor 3.6 V6 SIDI a gasolina com 279 cavalos de potência e torque de 35,7 kgfm foi abolida. Resta somente a conhecida motorização 2.8 turbodiesel com opção de 4x4 e reduzida. A transmissão é sempre automática de 6 velocidades. Com preço a partir de R$ 275.290 e espaço para até sete pessoas, além de novos itens de segurança e conectividade utilizáveis tanto no asfalto quanto no fora-de-estrada, o Trailblazer 2.8 Diesel Premier 2021 se posiciona como um modelo para poucos, com um preço muito seletivo e uma proposta bem singular.

O grande SUV da Chevrolet preserva os 4,88 metros de comprimento, 1,90 metro de largura e generosos 2,85 metros de entre-eixos do modelo anterior. O compartimento de carga varia de 205 litros a 1.830 litros, dependendo da configuração dos bancos. São três fileiras de assentos em diferentes níveis de altura, com ar-condicionado traseiro com controle de intensidade e difusores no teto. Segundo a Chevrolet, o SUV ganhou reforços estruturais na carroceria e oferece maior proteção aos ocupantes.

O Trailblazer 2021 ganhou um design frontal que segue o visual da atual linha de utilitários globais da marca norte-americana e também é adotado na versão High Country da S10. Agora, a grade é toda escura e traz o nome “Chevrolet” em alto relevo sobre uma barra central. Porém, o que mais chama atenção é o fato de o SUV ter imitado a configuração “top” da picape média e literalmente ter “colocado a gravata de lado” – o logo da clássica forma de gravatinha dourada deixa de vir ao centro e aparece lateralizado, à esquerda, sobre uma trama tipo colmeia emoldurada pelos faróis com leds e o para-choque. Esse ganhou um aplique central em cor prateada e uma moldura na parte inferior. Na lateral, chama a atenção as novas rodas de 18 polegadas. Na traseira, o SUV é equipado com câmera de ré com imagens de alta definição.

Entre os itens de série, o Trailblazer traz controles eletrônicos de tração e de estabilidade, assistentes de partida em rampas e de descida, airbags frontais, laterais e de cortina, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, acabamento premium da cabine, acendimento automático dos faróis por meio de sensor crepuscular, luz de condução diurna em leds (DRL), sensor de chuva, direção com assistência elétrica progressiva, retrovisor interno eletrocrômico, partida remota do motor, câmera de ré com gráficos para auxílio em manobras, sensor de estacionamento dianteiro, vidros laterais com mecanismo de abertura e fechamento pela chave e sistema de áudio premium. Lá estão ainda o sistema multimídia MyLink 2 com tela de 9 polegadas, com GPS e compatível com Android Auto e Apple CarPlay, e o OnStar, sistema de telemática que oferece serviços de emergência, segurança, navegação, concierge e diagnóstico do automóvel.

Além dos equipamentos já tradicionais, a linha 2021 do Trailblazer incorpora itens de segurança mais contemporâneos, como o serviço de notificação automática em caso de acidente e os alertas de desvio de faixa, de colisão frontal, de ponto cego e de movimentação traseira. O dispositivo de desvio de faixa tem uma câmera na parte superior do para-brisa que “lê” a via e emite um aviso toda a vez que o veículo sai involuntariamente da pista. Se o pisca estiver acionado, o sistema entende que a manobra é intencional e não entra em ação. Por meio do alerta de colisão frontal, o motorista pode estabelecer eletronicamente uma distância mínima em relação ao veículo à frente e ser avisado caso o outro automóvel sofra uma redução de velocidade repentina. Luzes vermelhas piscam na base do para-brisa e um alarme soa pelos alto-falantes.

O preço sugerido do Trailblazer Premier na cor metálica Vermelho Edible Berries é de R$ 275.290 e não há opcionais. É um valor exagerado, esperável apenas em SUVs de marcas de luxo. Contudo, está abaixo de concorrentes generalistas como o Toyota SW4 Diamond e o Mitsubishi Pajero Sport. Se a opção for pela cor sólida Branco Summit (como o modelo testado), o preço encarece R$ 800. Já se vier nas outras cores disponíveis (Preto Ouro Negro, Cinza Topázio, Azul Eclipse, Prata Switchblade ou Cinza Graphite, todas metálicas), acrescenta R$ 1.800 à fatura.

Experiência a bordo e carga máxima

No Chevrolet Trailblazer 2.8 Diesel Premier, são três fileiras de assentos em diferentes níveis de altura, característica que proporciona boa visibilidade para todos os passageiros. E o melhor é que mesmo quem está acomodado na parte traseira conta com sistema de climatização individual e ajustável. O SUV baseado na picape S10 oferece um espaço interno bem amplo e o sistema retrátil dos bancos da segunda fileira, embora não seja dos mais simples, permite acesso a todos os passageiros – os mais idosos e com problemas de coluna devem evitar a terceira fileira, que requer alguma flexibilidade para ser acessada. Como o Trailblazer é um SUV com suspensão elevada, entrar demanda algum esforço para quem tem menos de 1,80 metro ou pouca mobilidade. Entretanto, a possibilidade de transportar sete passageiros é um diferencial relevante – principalmente para famílias numerosas. O isolamento acústico é decente e possibilita que os passageiros a bordo interajam sem ter de elevar o tom.

O couro que reveste os bancos, as laterais das portas, o volante e o painel reforça o requinte Detalhes em marrom se espalham pelo interior. O acabamento lembra o da versão High Country da S10, sem maiores sofisticações. Na configuração com sete lugares, sobram apenas 205 litros de capacidade no porta-malas. Com a última fileira de bancos rebatida, o espaço para malas aumenta para 554 litros. As barras posicionadas sobre o teto possibilitam a instalação de um rack que pode transportar até cem quilos. A ausência de ajuste de profundidade da direção torna necessário ajeitar o banco mais para a frente para achar a posição ideal. E o fato da Trailblazer não oferecer chave presencial é difícil de justificar em um modelo que beira os R$ 300 mil.

Impressões ao dirigir e sem vacilações

Desde o início deste século, os utilitários esportivos gradativamente “roubaram a cena” em todas as marcas automotivas. De um lado, atendem à crescente demanda do consumidor atual por veículos com algum charme off-road, do tipo que ultrapassa sem dificuldades os eventuais obstáculos do caminho. Do outro, seguem a lógica capitalista das fabricantes, já que normalmente são modelos mais equipados, com maior valor agregado e oferecem margens de lucro maiores em comparação aos hatches e sedãs.

Na linha 2021 do Trailblazer, as respostas do “powertrain” tornaram-se mais rápidas. Embora o motor 2.8 Diesel não seja nenhum primor de modernidade, a transmissão automática de 6 marchas é eficiente na tarefa de levar os giros rapidamente para a faixa na qual o torque máximo aparece. Ou seja, reduz as marchas na hora certa para garantir mais força em ultrapassagens e retomadas, algo que também pode ser feito manualmente pela alavanca de marcha. O chamado “turbo-leg’ está mais sutil. As dimensões avantajadas poderiam dar a impressão de que seria um carro desajeitado em altas velocidades. Porém, não é. A carroceria oscila em vias muito esburacadas, mas sem “reboladas” inconvenientes. Eventuais excessos são prontamente “gerenciados” pelo controle eletrônico de estabilidade.

Um comando no console central determina a tração a ser adotada – pode ser 4x2, 4x4 ou 4x4 com reduzida. Os diferentes tipos de tração, a suspensão elevada e o “powertrain” robusto ajudam o Trailblazer a “se virar” bem no off-road. No uso urbano, o tamanho avantajado às vezes atrapalha. Vagas pequenas são sempre complicadas, apesar de a câmera de ré e os sensores de estacionamento ajudarem a reduzir o inconveniente.

 

Ficha técnica Chevrolet Trailblazer 2.8 Diesel Premier

Motor: dianteiro, longitudinal, 4 cilindros em linha, 2,8 litros, 16 válvulas, injeção direta, turbodiesel

Potência: 200 cavalos a 3.600 rpm

Torque: 51 kgfm a 2 mil rpm

Câmbio: automático de 6 marchas. Opção de tração traseira, tração integral ou tração integral com reduzida

Direção: elétrica

Suspensão: independente com braços articulados na dianteira e traseira com molas helicoidais

Freios: discos ventilados na dianteira e tambores na traseira

Freios: discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD.

Rodas e pneus: liga leve aro 18" com pneus 265/60 R18

Carroceria: utilitário esportivo montado em longarinas, com quatro portas e sete lugares. Com 4,88 metros de comprimento, 1,90 metro de largura, 1,84 metro de altura e 2,85 metros de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série

Peso: 2.161 kg.

Capacidade do porta-malas: 205 (com sete lugares) e 554 litros com a última fileira de bancos rebaixada

Tanque de combustível: 76 litros

Produção: São José dos Campos (SP)

Lançamento: 2012. Lançamento da atual versão: julho de 2020

Preço: R$ 275.290 na cor metálica Vermelho Edible Berries. Preço da versão na cor  Branco Summit do modelo testado: R$ 276.090. Não há equipamentos opcionais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




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Postado por Redação, no dia 22/10/2020 - 20:21


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