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Produtos eróticos caem no gosto do lafaietense e vendas disparam na quarentena




 

Se existe uma coisa que tem mudado drasticamente nesta quarentena são os hábitos das pessoas. Com restaurantes fechados para o público, o delivery explodiu. Sem compromissos oficiais de trabalho, o conforto entrou na moda e há até quem aposte na tendência de roupa social só da cintura pra cima. Ter muito mais tempo em casa está colocando à prova os relacionamentos e complicando a vida dos solteiros, que com as baladas fechadas têm dificuldade para se encontrar com os contatinhos ou avançar com as conversas pelas redes sociais e aplicativos. E sabe quem está comemorando tudo isso? O mercado de produtos eróticos, que tem faturado - e muito – nesta quarentena.

Proprietária do Amor & Pimenta Sex Shop, a administradora e consultora em Saúde e Educação Sexual Michele Cristina de Arruda afirma que é crescente o interesse e aceitação dos lafaietenses por produtos para o relacionamento íntimo. Mas como ainda há receio de se expor, a empresa opta por um local discreto e de fácil acesso. “A procura aumentou. Acredito que devido à quarentena, as pessoas têm passado mais tempo em casa, sem muitas opções de lazer. A rotina que está cada vez mais desgastante, pela incerteza que esta pandemia trouxe para nossas vidas e, com isso, os relacionamentos tendem a ser prejudicados. Então, os produtos sensuais vêm como um aliado, para deixar a rotina mais leve e a intimidade do casal mais feliz”, avalia.

E para queimar de vez a rotina, o terceiro produto mais vendido são as lingeries sensuais, que substituem o look do momento: o pijama. O público predominante é o feminino, mas a procura por homens tem alcançado um aumento considerável durante esta quarentena. “Os líderes de vendas são os vibradores, que são ótimos para o relacionamento. Eles permitem ao casal inovar, além de ser também um aliado para a mulher na busca pelo autoconhecimento e descoberta de novas sensações. Géis com diversas funções também têm tido boa procura”, detalha.

O que também tem sido positivo é o feedback de um público cada vez mais satisfeito: “As pessoas estão cada vez mais dispostas a se livrar de crenças e tabus que limitam seu relacionamento. Os produtos ajudam a melhorar a maneira como o casal se relaciona, promovendo mais a intimidade, que tende a ficar prejudicada devido à rotina acelerada e cansativa que vivemos nos dias atuais. O fato do casal estar disposto a incrementar o relacionamento através do uso de produtos já é um ótimo sinal, pois mostra que as pessoas estão se libertando e priorizando a vida a dois, buscando novas formas de intimidade e prazer”, considera a consultora.

Com a pandemia, a loja física está fechada e o atendimento ocorre pela internet ou WhatsApp, com entregas e retiradas agendadas, mas o bom momento já fez com que um site entrasse no planejamento da empresa. “É de extrema importância falar sobre sexualidade, relacionamento, autoconhecimento, sobre a forma como o casal se relaciona e como a mulher se sente em relação ao próprio corpo. Assim as pessoas se sentem acolhidas e entendem que podem e devem ir além”, explica Michele, que sugere sempre um diálogo aberto entre o casal: “Não tenha medo de ser feliz! A quarentena é um momento crítico e desgastante, e já que a ordem é ficar em casa, fique da melhor forma possível! E conte conosco”, finaliza.

 

Condições emocionais e psicológicas também influenciam no relacionamento

 

Toda essa mudança também pôde ser sentida dentro do consultório da dra. Elke Maria Ronki de Rezende Freitas. Médica ginecologista, obstetra e cosmetoginecologista, ela a analisa o contexto para afirmar que não só os hábitos foram alterados, mas toda a vida das pessoas: “Seja na vida a dois ou entre outros membros da família, a convivência é sempre desafiadora. E manter a harmonia do lar em tempos de pandemia não é tarefa simples. Estamos vivendo um momento muito difícil, com uma doença da qual se sabe muito pouco, crise econômica, política e ainda nos foi tirado o direito de ir e vir. Tudo isso nos deixa com uma angústia muito grande”, conta.

Mas esses impactos tendem a ser sentidos de maneira diferente, dependendo do tipo de relacionamento que existe entre o casal. Os que estão bem tendem a melhorar. Mas os que estão em crise tendem a ter esse problema agravado. “Sabemos que a relação sexual não depende só do desejo; envolve condições emocionais e psicológicas também. E isso mudou. Casais com os filhos, casa cheia o tempo todo, tiveram menos liberdade para sua intimidade. Pessoas que perderam emprego ou têm muito medo de contrair a doença tiveram influência negativa no relacionamento. Já os casais que estão bem tiveram mais tempo para curtir o sexo. Houve também um aumento muito grande de gravidez indesejada, da violência de do divórcio”, pontua a ginecologista.

 

De bem com a vida e com o sexo

 

Casais que conseguem driblar bem esta crise, tendem a aumentar tanto a frequência quanto à qualidade das relações sexuais. E na busca pela felicidade nesses momentos de harmonia entre o casal, a dica da dra. Elke é esquecer o pijama, fazer as pazes com o espelho e, principalmente, consigo mesmo: “Abram mão do relaxamento. Mesmo em casa, procurem se arrumar para elevar a autoestima e despertar interesse no parceiro. Estudos mostram que o maior estímulo do desejo é saber que está sendo desejado pelo parceiro (ou parceira). E aqui entre nós, como desejar uma pessoa descabelada, de pijama e desanimada do seu lado o dia inteiro? Nada melhor que uma pessoa arrumada, cheirosa e bem humorada para te estimular”, destaca dra. Elke Maria Ronki.

Também há outras medidas simples e interessantes, como fazer as atividades em cômodos separados para que cada um tenha sua privacidade e suas ocupações e investir em situações que apimentem a criatividade, a intimidade do casal: “Procure assistir a filmes mais picantes, criar fantasias e brincadeiras. Brinquedos eróticos, fantasias eróticas, são ótimas opções para sair da rotina, deixando a relação mais intensa e prazerosa, ajudando a aliviar a tensão do momento. Mas lembrando que é preciso higienizar tudo com água, sabão e álcool a 70% . Isso pode ser usado tanto entre os casais que estão convivendo sob o mesmo teto, quanto entre casais que estão afastados pela pandemia praticando sexo virtual”, aconselha.

Mas, sexo na pandemia, pode? A resposta, é claro, depende do contexto: “Não vejo problemas para os casais que estão isolados sob um mesmo teto, desde que estejam saudáveis. Pode ser que hoje esteja tudo bem, mas amanhã podem surgir alguns sintomas. Nesse caso, a pessoa deve isolar-se totalmente, evitando qualquer tipo de contato. Não há evidência científica de que seja uma doença transmitida por contato sexual. Sabemos que o vírus está na saliva. Portanto, beijo deve ser evitado. Já as pessoas que têm relações sexuais casuais ou com parceiros que vivem em casas separadas, ficam muito expostas ao risco de adquirir a Covid-19”, finaliza.

 

Serviços

 

Amor & Pimenta Sex Shop

Endereço: Rua Homero Seabra, 10, sl 2

Contatos: (31)98752-1905 (WhatsApp) Instagram: @amorepimentasex

 

Dra. Elke Maria Ronki de Rezende Freitas

Médica ginecologista, obstetra

e cosmetoginecologista

Contatos: (31) 3763-2233 / (WhatsApp)

(31) 9536-0040 e Instagram: @draelkeronki

 

 

 




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Postado por Redação, no dia 10/08/2020 - 19:43


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