Celebrada desde 1992, a primeira semana de agosto é dedicada, em todo o mundo, à promoção, proteção e incentivo ao aleitamento materno. A OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde) recomenda a amamentação exclusiva até o 6º mês de vida e o aleitamento complementar por outros alimentos até pelo menos os dois anos de idade. Em 2020, a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM 2020) tem como mote o tema “Apoie o Aleitamento Materno por um Planeta Saudável”. Tal perspectiva tem o objetivo de propor uma reflexão sobre o impacto da alimentação infantil no meio ambiente e da necessidade de apoiar e estimular o aleitamento materno para a saúde do planeta e de seus habitantes.
A coordenadora do Banco de Leite da Maternidade Odete Valadares (MOV), Maria Hercília Barbosa, explica o porquê do tema da SMAM deste ano. “O leite humano é um alimento padrão ouro que, além de trazer diversos benefícios à saúde do bebê para que ele possa crescer forte e saudável, é também ecologicamente perfeito pois não gera lixo, é natural e renovável, não polui o meio ambiente com embalagens, não gera desperdícios e já se encontra na temperatura correta, disponível na hora que o bebê quiser”, ressalta.
A Rede de Assistência Materno Infantil é composta por vários pontos de atendimento, como unidades básicas de saúde, maternidades, atenção especializada, serviços de urgência e emergências, bancos e postos de leite humano, entre outros. O apoio dos profissionais da saúde é fundamental para o êxito na amamentação, e a Rede Fhemig disponibiliza equipes de profissionais para dar este auxílio às mães, em suas quatro maternidades: MOV, HJK, HRJP e HRAD.
Aleitamento durante a pandemia
Mesmo em tempos de pandemia, o leite materno continua sendo o melhor alimento para a saúde infantil. A coordenadora do Banco de Leite da MOV esclarece que, de acordo com nota técnica da Fiocruz, mulheres em aleitamento materno que testarem positivo para a covid-19 podem continuar amamentando seus bebês, desde que usem máscara. “Caso a mãe não se sinta segura ou confortável com o procedimento, ela ainda tem a opção de retirar seu leite e pedir para que uma pessoa saudável de sua família ofereça no copinho para a criança”, afirma.
De acordo com a coordenadora administrativa da maternidade do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), Patrícia Azevedo, as pacientes da unidade têm sido muito bem orientadas sobre a amamentação, questões de higiene, visitas e uso de máscaras. “As mulheres têm passado uma sensação de segurança em relação ao ato de amamentar, por causa do acompanhamento da equipe e de todas as adequações que a maternidade realizou para recebê-las”, explica a profissional.
Quanto à doação de leite humano, a orientação é que as doadoras que testarem positivo para a covid-19 ou que estejam com sintomas gripais ou com pessoas da família com sintomas gripais suspendam a doação de leite. “É necessário aguardar 15 dias, além do fim dos sintomas e um novo teste negativo para que essas mães com excedente de leite possam voltar a doar normalmente”, pontua Maria Hercília Barbosa.
Desde o início da pandemia, o Banco de Leite da Maternidade Odete Valadares tem adotado medidas de segurança para manter seus estoques. “Na própria triagem, já perguntamos se a doadora ou alguém de sua família está com sintomas gripais. Além disso, readequamos o procedimento de coleta. As orientações são dadas por telefone, os exames da doadora são recebidos por e-mail e, se estiver tudo ok, ela recebe o kit para coleta (touca, máscara e vidro esterilizado) na porta de casa. A equipe do BLH também não adentra a casa da doadora para buscar o leite”, explica a coordenadora do serviço. “Com a adoção dessas medidas, não tivemos redução do volume de leite doado e nem do número de doadoras. Estamos mantendo nossos estoques em um bom patamar”, completa.
O Banco de Leite Humano da MOV também continua atendendo mães com dificuldade na amamentação. Porém, com algumas restrições e todos os cuidados de higiene para garantir a segurança de todos. “Estamos agendando apenas uma mãe por horário. Ela deve vir sem acompanhante, apenas com o bebê, e usar máscara durante todo o tempo em que estiver no banco de leite”, reforça Maria Hercília Barbosa.
No HJK, a Casa da Gestante, que tem 11 anos de atuação, também tem um desempenho fundamental na vida das mulheres assistidas e dos seus recém-nascidos, prestando assistência multiprofissional, inclusive no aleitamento materno. “Temos uma técnica por plantão e uma enfermeira todos os dias, além dos membros do Comitê de Aleitamento Materno, que estão disponíveis para auxiliar as mulheres neste momento tão único”, ressalta Patrícia.
Agosto Dourado
Durante todo o mês de agosto, as maternidades da Rede Fhemig realizarão ações pelo Agosto Dourado – mês dedicado à promoção e ao estímulo ao aleitamento materno. “A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno”, explica Maria Hercília Barbosa. Na Maternidade Odete Valadares ocorre blitz educativa e quiz com servidores da unidade, com todas as precauções e sem qualquer aglomeração. A maternidade também realizará ação educativa, com visita de profissional especializado às enfermarias para explicação sobre a importância do aleitamento materno às pacientes. Também mantendo todos os cuidados e com apenas um profissional por quarto.
Na Maternidade do Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora, profissionais da enfermagem percorrerão as enfermarias de alto risco, alojamento conjunto e a casa da gestante abordando, junto às pacientes, temas como “importância da amamentação”, “técnica correta para o aleitamento”, “mitos e verdades”, “a importância da amamentação para construção do vínculo entre mãe e bebê”, entre outros tópicos. Haverá ainda uma sessão de cinema com o tema “vivenciando a amamentação”. Serão distribuídos panfletos informativos a todas as gestantes e puérperas internadas na maternidade.
Já na Maternidade do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), foi organizado um mural sobre o tema do aleitamento, e será realizada uma live sobre amamentação em tempos de pandemia. Tradicionalmente, a unidade promove o “mamaço” nesta semana, reunindo várias mães que estão amamentando para a troca de experiências e a realização de atividades lúdicas, para incentivar o aleitamento materno. Porém, exclusivamente este ano, por causa da pandemia, a ação não irá ocorrer.
Por Anni Sieglitz e Fernanda Moreira Pinto (ASCOM Fhemig)
Fonte: Secretaria de Saúde de Minas Gerais
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Postado por Redação, no dia 05/08/2020 - 16:20