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Auto estima: Acias Mulher quer ajudar as empreendedoras de CL




 

 

A Câmara da Mulher Empreendedora (Acias Mulher) com intuito de levar um pouco de carinho ao coração de tantas mulheres empreendedoras, mães, esposas, donas de casa, que são exemplos de empoderamento, realizou uma entrevista com a psicóloga, mestre em psicanálise e lafaietense Juliana Barbosa Rezende Dutra Ferreira, sobre autoestima feminina e as formas de preservá-la durante esse momento crítico que todos vivem, que é a pandemia causada pelo novo coronavírus. 

 

Juliana explica que o indivíduo constrói a sua autoestima a partir do amor que recebe de sua referência, que pode ser transmitida pelos pais ou cuidadores. Dessa forma, a autoestima corresponde à valorização que o sujeito faz de si mesmo em diferentes situações da vida, a partir de um determinado conjunto de valores eleitos por ele como positivos ou negativos, sobre sua própria personalidade ou própria imagem. O conceito de autoestima traduz a maneira e o quanto o sujeito gosta dele mesmo. A psicóloga explica que os pais devem sempre buscar incentivar os filhos, elogiando, encorajando e transmitindo muito amor e ressalta que isso não quer dizer que não devam colocar os limites necessários, que são fundamentais na constituição de personalidade.

 

Para que seja identificado uma baixa autoestima, existem alguns sintomas. “A pessoa se desqualifica, não se sente merecedora de amor e de respeito, não tem noção de si mesma. Não aceita bem os elogios, se faz de vítima, se sente culpada de tudo, tem medo de expor suas ideias, com receio de não ser aceita. Superdimensiona seus defeitos e desqualifica suas potencialidades”, explica Juliana. Pode-se dizer que o uso das redes sociais afetou a todos, principalmente as mulheres. “ Lá encontramos imagens dessas mulheres ‘mágicas’ que conseguem acordar lindas e maquiadas. Num processo comparativo, as mulheres da vida real, se sentem frustradas e culpadas, por não conseguirem alcançar esse imaginário que passa a ser idealizado como condição de serem felizes. Nesse sentido, é importante falarmos sobre a autoestima e questionar todo esse universo imaginário que o cerca”, diz.

 

A psicóloga enfatiza que a mulher tem sofrido muito com a autoestima, não só em meio à pandemia, mas pela sociedade atual. “Temos vivido tempos em que se valoriza muito a imagem, onde as mulheres tem que ter corpos esculturais, andarem lindas e cheirosas, além de serem excelentes profissionais, mães exemplares, esposas fogosas e exímias donas de casa.” Isso gera uma cobrança sobre elas, muitas vezes de forma excessiva, que gera frustração quando não atendem às expectativas que muitas vezes nem são delas, mas da sociedade. “Nesse acúmulo de funções, as mulheres tendem a se cobrarem demais, tentando dar conta de todos esses papéis, isso gera ansiedade, podendo desenvolver doenças, como síndrome do pânico, vícios  e depressão”, completa a psicóloga.

 

Em meio à pandemia, Juliana explica como lidar com a autoestima e relata um aumento significativo de casos de doenças psíquicas, como ansiedade e depressão. “As pessoas estão tendo que se adaptar a uma situação de caos e insegurança que tem gerado um crescente mal estar. Paralelo a essa insegurança, tem-se aumentado muito o uso da internet, como recurso de trabalho, relacionamento, entretenimento... tudo é feito num mesmo ambiente, sem sair de casa. O distanciamento social tem gerado uma fronteira que isola, bloqueia, envolvimento afetivo real. Isso, ocasionalmente, trará sérias implicações emocionais”, explica. 

 

Juliana aconselha com uma forma de continuar trabalhando a autoestima, mesmo com o distanciamento social. “Quando se tem autoestima elevada, a pessoa tem consciência do que vale, apesar dos eventos por que passa. Compete a cada um determinar os princípios que a norteiam e aquilo que dá sentido à sua vida, sendo absolutamente honesta consigo mesma. À medida que a autoestima cresce, também a criatividade, a saúde física e emocional e a resiliência (capacidade para se reerguer depois das adversidades) evolui. Esta percepção não é determinada por comparações com terceiros nem depende da aprovação dos outros.

 

Psicóloga Juliana Barbosa Rezende Dutra Ferreira

Mestre em Psicanálise

Especialista em Neuropsicologia

Telefone e Whatsapp: (31)98511-0062

Instagram: psicologajulianadutra




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Postado por Redação, no dia 03/07/2020 - 10:46


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