Vendo além da crise, agências de turismo de Lafaiete já comercializam pacotes de viagens

Quando o assunto é turismo, 2019 não deixou apenas boas lembranças na memória dos brasileiros. O ICV-Tur – índice da pesquisa elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Cielo – registrou aumento de 2,2% no faturamento real ante o ano anterior, totalizando R$ 238,6 bilhões (acréscimo de R$ 5,1 bilhões). Outro número expressivo foi a criação de 35.692 novos postos de trabalho, o que representou alta de 163,6% em relação às vagas criadas, fechando o ano com 2.983.080 empregados no setor. Com todos os segmentos de serviços turísticos indicando aumento de vendas em relação a 2018, a expectativa era alta, mas não foi preciso muito tempo para que o setor se percebesse como um dos mais afetados pela pandemia de Covid-19.

Atingindo o setor na sua essência, que é a mobilidade das pessoas, a crise gerada pela pandemia de Covid-19 não só fez as empresas amargarem um grande prejuízo, como as obrigou a resolver problemas delicados e se reinventar para resistir ao mau momento: “Em um primeiro momento, prestamos assistência aos nossos passageiros e também àqueles que nos procuraram, pois tinham comprado pacotes pela internet e estavam com dificuldades em viajar. Então, trabalhamos para que retornassem o mais brevemente e em segurança aos seus lares. Logo a seguir, e em comum acordo com aqueles que tinham viagens marcadas para os próximos dias e meses seguintes, remarcamos ou cancelamos as suas”, conta Roseni de Fátima Moraes, da Rófamo’s Turismo.

No momento, a empresa presta apoio àqueles que precisam se deslocar, seja a trabalho ou para voltar para casa, e para aqueles que já querem programar as próximas viagens a médio e longo prazos. “Acreditamos que as viagens domésticas retornem no segundo semestre deste ano. Já as viagens internacionais devem demorar um pouco mais, mas retornarão com certeza, assim que as pessoas se sentirem seguras. Estamos com pacotes de viagens ao exterior para embarque desde janeiro de 2021 o ano todo, inclusive para 2022”, conta Roseni.

Para isso, todo o setor está se adequando aos Protocolos Sanitários, ou seja, as medidas de segurança e higiene que devem ser adotadas no transporte aéreo ou terrestre, navios, hotéis, restaurantes e todos os demais que prestam serviços profissionais. “Estamos nos reciclando, fazendo cursos e treinamentos. Esta é uma crise profunda, de poder devastador. Lamentamos muito por cada uma das vidas perdidas. Rezamos pelas pessoas que estão lutando para vencer essa batalha, pelos enfermos, por aqueles que perderam seus entes queridos e também por aqueles que perderam seus empregos. Rezamos para aqueles que estão isolados, com medo e solitários. Enfim, rezamos para todos, pois todos nós tivemos as nossas vidas impactadas”, situa.

De olho em 2020

Para Roseni, ainda é cedo para saber se o perfil do viajante vai mudar, mas a capacidade de ser flexível e se adaptar às necessidades do consumidor e do mercado continuarão sendo essenciais: “Não sabemos o que vai acontecer, mas estamos confiantes de que o turismo vai se recuperar. Segundo dados da Anac, o Brasil tem 25 milhões de CPFS voando, o que representa apenas 15% da população do Brasil. Temos muito ainda a crescer”, avalia a empresária, que vê nas agências de viagens um papel importante neste momento: “Somos acessíveis, temos o olho no olho, a confiança. Somos consultores de viagens e o nosso trabalho é indicar e buscar as melhores opções que se encaixam no perfil de cada cliente. Prestamos apoio e acompanhamento, somos defensores dos viajantes e atraímos investimentos. Somos comprometidos com o turismo sustentável, contribuímos para o enriquecimento pessoal e cultural e realizamos sonhos. Como parceiros fiéis, vamos procurar nos manter saudáveis, disponíveis e confiantes”, finaliza.