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Comunidade


Federação que representa bancários da Caixa defende que auxílio emergencial deve ser descentralizado para evitar aglomerações

O presidente da federação destaca que responsabilidade tem que ser compartilhada para manutenção da assistência à sociedade e preservação da saúde dos trabalhadores e da população




A agência da Caixa Federal em Lafaiete funcionou neste sábado, 2 de maio e, como de costume, desde que anunciado o auxílio emergencial, uma fila enorme se formou em frente à agência. A aglomeração vai contra as recomendações da Organização Mundial da Saúde que propõe o isolamento social para prevenção da propagação do Coronavírus. Entretanto, trabalhadores insistem em comparecer à agência, alegando dificuldades de acesso ao aplicativo, com registro de várias tentativas de realizar operações, sem sucesso. 

 

Segundo o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira, o governo chegou a anunciar que a concessão do auxílio seria feita não só pela Caixa Econômica, como também pelo Banco do Brasil, o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste (BNB), além de lotéricas e unidades dos Correios. "Inicialmente, o governo falou que o pagamento do benefício seria feito por diversos outros órgãos. Depois, centralizou na Caixa", lembra Ferreira. "É um volume muito grande de pessoas que têm direito a receber este benefício emergencial. Ele é importante e as pessoas estão precisando destes recursos", acrescenta.

 

A Fenae defende que o atendimento aos beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 deveria ser descentralizado para outros bancos e instituições, com o objetivo de evitar as filas e aglomerações que vêm ocorrendo em diversos locais do país. "Outros bancos e instâncias têm que assumir, junto com a Caixa, essa responsabilidade. É impossível prestar o atendimento que a população merece só com a Caixa", afirma. Segundo projeções do governo, o número de brasileiros que devem solicitar o benefício ultrapassará 70 milhões. Temos que preservar a saúde das pessoas e dos bancários, que estão cumprindo um papel muito importante e precisam de condições para que possam continuar executando suas tarefas , acrescenta Jair Ferreira. 

 

O presidente da Fenae também analisa a atuação de órgãos do governo à frente da concessão do auxílio emergencial. Segundo Jair Ferreira, é responsabilidade das autoridades fazer o benefício chegar à população.  "A Caixa está fazendo a parte dela. Mas, do jeito que está, com essa desorganização por parte do Ministério da Cidadania e de outras autoridades, nós estamos tendo problemas e vamos continuar tendo", lamenta o dirigente. 

 

Filas e Aglomerações

 

Sobre as filas e aglomerações registradas em agências de diversos municípios, o presidente da Fenae analisa que o Brasil está na contramão do que autoridades de saúde do mundo inteiro recomendam. "A orientação das autoridades nacionais e internacionais (de saúde) é que se deve evitar aglomerações. Infelizmente, o governo federal não quer assumir seu papel em relação a isso. O comércio foi fechado e, de repente, as agências da Caixa viraram o local das grandes aglomerações no país", observa Jair Ferreira. 

 

Ele destaca que a Fenae e outras representações sindicais vêm fazendo diferentes cobranças ao governo para a preservação da saúde dos bancários e da população durante a pandemia do coronavírus. Uma delas foi o envio pela federação e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) de carta ao ministro da Saúde, Nelson Teich. 

 


Fonte: Gerência de Comunicação da Fenae




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Postado por Redação, no dia 02/05/2020 - 12:36


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