Nos últimos dias, Minas Gerais registrou as temperaturas mais frias do ano. Na segunda-feira, os termômetros de Monte Verde, distrito de Camanducaia, no sul do estado, marcaram -2,8°C. Em Belo Horizonte, fez 7,2°C, mas a sensação térmica chegou a -8°C. Em Lafaiete, com a temperatura de 6°C, muita gente reclamou de sair da cama mais cedo e se protegeu da maneira como pôde, não só na segunda, mas na terça e quarta também. E segundo o Climatempo, o frio deve continuar.
No entanto, há um grupo de pessoas que tem sentido na pele a severidade do inverno e não conta com qualquer estrutura para se abrigar do frio da madrugada. De acordo com levantamentos da Secretaria de Desenvolvimento Social, há, pelo menos, 30 pessoas em situação de rua na cidade. Elas até dispõem de alguns serviços prestados, principalmente, pelo Centro Pop, mas que são feitos no contexto da rua. Com isso, marquises, viadutos e qualquer lugar que ofereça alguma proteção contra o vento, o sereno e a chuva são os que eles podem chamar de lar.
Secretária de Desenvolvimento Social, Magna Cupertino Carvalho ressalta que esse número representa uma média, uma vez que se trata de um fenômeno dinâmico e de expressão social complexa: “É uma população que se caracteriza com frequentes idas e vindas em todo território nacional e internacional. Do ponto de vista metodológico, para termos uma maior exatidão quanto ao número real, seria necessária a realização de um censo que evidenciasse a real configuração de quantidade e perfil da população em situação de rua, distinto daquele presente na percepção do senso comum e do perfil tradicionalmente relatado. Mas isso exigira um investimento que não é prioritário, considerando a atual escassez de recursos”.
Atualmente, o município não dispõe de local para abrigamento. E o motivo, mais uma vez, é o custo. Segundo Magna Cupertino Carvalho, o valor enviado pelo governo federal é insuficiente para arcar com todas as necessidades e demandas apresentadas pelo serviço. “O custo para se ter um abrigo para esta população e um consultório de rua, ultrapassa o valor de R$ 45 mil mensais. Com isso, o Serviço Especializado em Abordagem Social oferece atenção no próprio contexto da rua, buscando a vinculação gradativa do atendido aos serviços sócio-assistenciais e à rede de proteção social.
Atualmente, o Centro Pop funciona na avenida Prefeito Telésforo Candido de Rezende, 87, Centro. A equipe é formada por cinco profissionais da equipe técnica (assistentes sociais e psicólogos) e quatro profissionais da equipe de acolhimento: “Identificamos os diferentes graus de vinculação à rua e distintos estágios no percurso do processo de construção da saída das ruas. Dessa forma, o serviço oferece atendimento pela equipe técnica, banho, guarda de pertences, lavagem de roupas, encaminhamento para emissão de documentos, busca familiar, lanche, encaminhamento para os serviços de saúde, serviço de migração, encaminhamentos para tratamento de álcool ou outras drogas e acompanhamento às famílias”, cita a secretária.
Magna Cupertino Carvalho ressalta que a população em situação de rua é acompanhada pelo Serviço de Abordagem Social Centro POP durante todo o ano e o setor está a disposição para esclarecer dúvidas ou prestar informações. “É frequente o Centro POP receber solicitações de retirada deste público dos locais públicos, com as mais diversas justificativas, sem o entendimento dos casos e das ações já realizadas. O serviço social desenvolve ações pautadas na ética e norteadas pelas políticas públicas sociais para a população em situação de rua. Os casos de desrespeito ou atitudes ilícitas devem ser acionados aos agentes de segurança (Polícia Militar ou Guarda Municipal)”, finaliza.
Serviço
Endereço: avenida Prefeito Telésforo
Cândido de Rezende, 87, Centro
Telefone: 3769-9051
E-mail: centropop@conselheirolafaiete.mg.gov.br
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Postado por Redação, no dia 17/07/2019 - 09:58