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Comunidade


Família de Campinas quer reencontrar parentes em Lafaiete




Uma família de Campinas, São Paulo, quer resgatar suas origens e procura por parentes em Conselheiro Lafaiete. Os filhos de dona Maria Eugênia de Oliveira estão em busca dos familiares que sua mãe deixou para trás, quando ainda era criança. Lucilaine de Oliveira, de 47 anos, e Edgar Donizete de Oliveira, de 42, vieram para a cidade na esperança de reencontrar alguém da família de sua mãe. Os filhos acreditam que Maria Eugênia tenha saído da cidade na década de 50, pois ela nasceu em 1942.
Lucilaine e Edgar contam que desde crianças sempre ouviram várias histórias da mãe em Minas Gerais, mas sempre eram muito confusas. A senhora, de 76 anos, apresenta um quadro de esquizofrenia há mais de 35 anos e os filhos dizem que, apesar da sua condição de saúde e confusão de memórias, a mãe tem alguns lapsos de lembranças, e manifesta o desejo do reencontro familiar. “Por meio desses relatos passamos a anotar o que ela dizia. Por falta de condições, não podíamos fazer essa busca, mas agora planejamos e conseguimos vir para a cidade”, conta Lucilaine.
Em suas histórias, Maria Eugênia, conta sobre os irmãos. Os filhos acreditam que a família é grande e que a mãe seja a caçula. Entre os irmãos, ela cita que a mais próxima dela era sua irmã Zenir. E além dessa irmã, há outros nomes que ela lembra que os filhos acreditam que sejam seus tios: Geralda, Elzira, Jovita, Geni, Georgina e Lenir e entre os homens tem o Leonídeo, apelidado de Leo, Joãozinho e os gêmeos Josefino e Joventino, este último, já falecido. O nome dos pais que constam no registro de nascimento de dona Maria Eugênia são Jovelina Amélia de Oliveira e Acássio Antônio de Oliveira. “Se eu vir alguém da família, acredito que reconheça.”, manifestou, emocionada, a senhora de 76 anos.
Os filhos contam que a mãe saiu de Conselheiro Lafaiete aos 14 anos para morar em Ouro Preto, para trabalhar de doméstica. “Naquela época, muitas famílias registravam as crianças muito tarde, então ela saiu daqui sem registro e foi morar com outra família”, diz a filha. O registro que os filhos têm da mãe consta que ela é natural de Belo Horizonte, mas já registrada em Emilianópolis, São Paulo. Hoje, dona Maria Eugênia tem três filhos que cuidam dela.
“Viemos em busca de uma história, uma origem, porque um ser sem história é difícil. Nossa expectativa é encontrar algum familiar dela”, relatam os dois filhos, que, assim como ela, manifestam um desejo de conhecer o passado da mãe. Edgar acredita que a família deve ser grande: “Devemos ter primos, que certamente passaram dificuldades, como a nossa mãe passou. E o mais importante é que, assim como eles, deve haver alguém que também esteja procurando por ela e que tenha o mesmo desejo de reencontro”, disse o filho.




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Postado por Redação, no dia 02/03/2019 - 09:28


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