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Denúncia


Chapada: vizinhança de escola de samba denuncia barulho



Na Chapada (região nordeste), é o barulho que tira o sossego. Vizinhos da escola de samba Engole Ele, na rua Duque de Caxias, entraram em contato com o Jornal CORREIO para contestar o horário de funcionamento do local. ?Falta um sistema de isolamento acústico. As atividades acontecem em um galpão galvanizado que, vez ou outra, serve de garagem para veículos. O local não conta com paredes nos fundos. Na frente, foi colocado um vidro. O horário de funcionamento vai das 22h às 2h, o que desrespeita a Lei Municipal nº 5259 de 2010. Entre os vizinhos da escola de samba, há vários idosos, além de uma casa de repouso. Devido ao transtorno, já foi elaborado e apresentado à Justiça um abaixo-assinado entre os moradores. Pedimos pro­vidências?, afirma um leitor.

 

Engole Ele rebate acusações

Em atenção à denúncia, a escola de samba Engole Ele enviou as considerações listadas a seguir: ?A entidade foi fundada em 31/12/1957; faz 60 anos este ano. O local onde está situada foi adquirido em 1981, com o esforço da comunidade. A sede foi inaugurada em 1984, quando sentiu a necessidade de ter seu local para realizar eventos e angariar fundos para sua manutenção e fazer carnaval. Desde então, passou por grandes transformações e melhorias. O local é todo fechado, sem janelas laterais ou nos fundos, contrariando a reclamação (caso contrário, quando chovesse, molharia os frequentadores).

A entidade fez um prolongamento da cobertura, o que deve ter confundido o reclamante. Ao que parece, ele tirou uma foto nos fundos na rua Rute de Souza. Entre os melhoramentos, a entidade contratou uma firma especializada e colocou um vidro temperado (blindex) em toda extensão de sua entrada na rua Duque de Caxias. Algumas pessoas que assinaram um abaixo-assinado nem residem perto (uns moram bem dis­tantes), sendo que alguns já se beneficiaram da entidade (ingratos). O próprio reclamante reside no local há menos de três meses.

A Engole Ele tem laudo de funcionamento do Corpo de Bombeiros, Ecad, Semel­co, etc. Nos eventos que realiza às sex­­tas-feiras, trabalham cerca de 15 pessoas, inclusive cinco diretores, que zelam pelo bom funcionamento da mesma. A escola possui um documento assinado pelo reclamante vendendo um pedaço do terreno para o Engole Ele. Dos fundos da residência do reclamante foi feito uma canaleta para escoar a água de chuva até a rua Rute de Souza - tudo por conta da Engole Ele, reboco em muro, etc.

A rua Duque de Caxias é barulhenta devido ao número de veículos que circula nos finais de semana com som alto. Por ali circulam motos em alta velocidade para entrega de sanduíches, caminhões bitrem, carretas, ônibus com destino às cidades de Itaverava, Catas Altas, algumas no sentido ao Espírito Santo. Para comprovar esta assertiva, basta ver o elevado número de carretas que fecham a rua Rute de Souza (fundos da Escola) e que tem trazido enorme prejuízo naquela região (o Jornal CORREIO vive divulgando o fato).

Existe uma casa de repouso, há pouco tempo inaugurada, bem abaixo da entidade, e os antigos proprietários nunca reclamaram.  Tem um diretor da escola que mora próximo e que poderá contestar as reclamações do reclamante. Pelo tempo que existe, a escola faz parte da identidade cultural de nossa cidade, inclusive é considerada de utilidade pública municipal, con- ­forme decreto 011/79.

A entidade deixa de realizar eventos aos sábados e domingos, deixando, com isso, de faturar para sua manutenção. Os frequentadores são, em sua maioria, pessoas na 3ª ida­de, em processo de depressão. De acordo com a maioria, a dança eleva a autoestima des­sas pessoas. A entidade funciona com este baile desde o ano 2004 e os vizinhos antigos nunca reclamaram. Vários frequentadores podem ser prejudicados caso seja to­mada uma atitude que vise prejudicar a manutenção dos eventos?.

A nota é assinada pelo presidente da escola de samba Engole Ele, Nelson Severiano.

 



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Escrito por Denúncia, no dia 02/06/2017




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