Na última semana, falamos sobre a importância do bem-estar dos pets, alertando para problemas como estresse, ansiedade e depressão, tema em comunhão com o Janeiro Branco. Hoje, em resposta a um leitor de nossa coluna, vamos falar sobre por que os pets mordem e como tal comportamento pode dificultar sua rotina e sua socialização em casa ou na rua.
É importante, desde o início, dizer que qualquer cão pode morder, independente do seu porte, idade, raça. Até o cachorro mais bonzinho pode morder, quando ferido, ou, com medo. Alguns pets realmente são mais tranquilos, mas é mito que só os cachorros grandes e de determinadas raças mordem.
O motivo mais comum para que um cão morda uma pessoa é se sentir ameaçado. O que alerta seu instinto de sobrevivência. Portanto, todos que têm contato com o cão precisam entender o que provoca o seu comportamento agressivo.
É comum tutores relatarem na clínica médica, que o cão morde quem se aproxima da pessoa com quem ele mais interage na casa, ou, que morde quando alguém pega o seu comedouro ou bebedouro. Esses exemplos cotidianos podem mostrar a forma como o pet se defende, como defende o seu território e o “membro da sua matilha”.
Por isso, se na sua casa tem sido assim, é necessário tomar algumas atitudes que evitarão que o pet saia mordendo pessoas na casa ou até pessoas na rua. Entre tais ações estão: não assustar o pet; não o acordar ou se aproximar por trás de repente; não fugir do cachorro, ainda que seja uma brincadeira, pois ele pode querer morder achando que faz parte do jogo de pique-pega; cães que estão com medo ou se sentindo acuados podem morder, assim como cães perdidos, cães em situação de estresse (consultas, vacinas, exames), ou cães expostos ao som alto; cães doentes ou com dor, ainda que tocados por seus tutores, podem morder também.
A prevenção das mordidas começa com formas de evitá-las, mas se isso não for o bastante, existem habilidades que podem ser desenvolvidas pelo tutor para que o pet melhore esse comportamento. A primeira medida é nunca incentivar esse comportamento no pet, seja sempre enfático e eduque o pet, dizendo “não”, seguido do nome do mesmo (sempre de forma direta) na mesma hora que tentar te morder ou morder as pessoas. A segunda medida preventiva é não tirar a mão bruscamente quando recebe a mordida. Tal ato pode contribuir para que o pet continue tentando puxar mais a mão, achando ser uma brincadeira. Nesse cenário, retire a mão devagar e diga “não” incisivo, seguido do nome do pet.
Se o pet insistir em morder, ignore-o, pare a brincadeira ou qualquer outra atividade que estiver fazendo com ele. Você precisa mostrar que sempre que ele repetir a tentativa de morder será parado. Nesse sentido, você pode deixar o animal sozinho e ir para outro ambiente, mostrando para ele que ficará sozinho sempre que morder alguém.
Além dessas medidas, você deve elogiar o pet sempre que ele não morder e para fins educativos oferecer mordedores para ele. O animal precisa gastar energia, evitando ociosidade, estresse e ansiedade. Cães que normalmente mordem muito suas patas e itens da casa também precisam ser educados e uma das formas é enriquecendo o ambiente e tornando a rotina dele mais interessante.
Aos tutores cabe a responsabilidade pelo comportamento do seu animal de estimação. Educá-lo para conviver bem em família e com a sociedade é uma prova de cuidado e amor. Animais com mais dificuldade em aceitar limites podem precisar de adestramento com profissionais competentes. Analise se esse pode ser o seu caso e, em qualquer dúvida, procure o médico veterinário.
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Escrito por Cuide bem do seu Pet, no dia 02/02/2024
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