Esta semana vamos falar sobre um tema que mistura fofura e responsabilidade. Muito vistos em filmes e séries, os cães-guia têm destaque garantido quando o assunto é mostrar a importância dos animais de estimação nas relações de confiança, cuidado e respeito com o seu tutor. Afinal de contas, o cão-guia transcende a expressão “melhor amigo do homem” para o de melhor companheiro, melhor guia, melhor protetor.
E não é exagero, pois o cão-guia pode ser considerado um verdadeiro herói na vida das pessoas com deficiência visual. Nesse artigo, vamos explicar o que é o cão-guia e como ocorre a preparação desse animal para “tornar-se os olhos de uma pessoa”.
É importante frisarmos, inicialmente, que os cães-guias não são quaisquer animais que foram adaptados a realizar ações a partir de um determinado comando. Eles são animais previamente selecionados e treinados para ajudarem pessoas com deficiência visual nas suas tarefas do dia a dia de uma forma segura para elas. Por isso, um cão-guia é escolhido para esse trabalho até antes do seu nascimento. As suas informações genéticas são checadas para compreender o comportamento dos seus ancestrais (pais, avós) e da ninhada a qual ele pertence. Além disso, ainda filhote, o cão é observado quando ainda está com sua mãe, colaborando para definir se de fato ele está apto para o treinamento como cão-guia.
Após toda essa análise comportamental, começa a fase de socialização desse cão em uma família temporária, conhecida como “Família Socializadora”. O período com esses familiares é relativamente curto, 1 ano e 3 meses. Nesse ambiente, o cão receberá os primeiros comandos e vai aprender a ser um animal sociável.
A fase de ensinamentos básicos ocorre junto à família temporária, mas o treinamento mesmo como cão-guia ocorre somente em um Centro de Treinamento para cães, onde de fato o cachorro aprenderá os comandos necessários para transformar-se em um cão-guia. Esse treinamento dura 8 meses. Após esse período no Centro, o animal irá conhecer a pessoa com quem irá trabalhar. Essa formação da dupla precisa de um tempo de 2 meses e novos ensinamentos. É relevante dizer que a família da pessoa com deficiência precisa ajudar nessa adaptação do animal.
O cão-guia é um trabalhador, que acompanha fielmente a pessoa a qual foi destinado em praticamente todos os momentos. Por isso, ele tem direito à aposentadoria. Em média, um cão-guia aposenta-se após 8 anos de serviço. Eles são verdadeiros protetores e estão atentos a tudo, sons, luzes e direções. Caso encontre um cão-guia em serviço, não interaja com o mesmo sem antes perguntar ao tutor se é o momento ideal para isso. O animal precisa estar focado em tudo o que está ao redor do seu companheiro para protegê-lo.
Falamos que os cães-guias são previamente selecionados e para efeito de curiosidade as principais raças para o cumprimento desse trabalho são pastor alemão, golden retrevier e labrador. Para finalizar, outra informação interessante é que os cães-guias fazem parte do Grupo de Cães de Assistência. Existem ainda os cães de serviço (ajudam autistas e diabéticos) e os cães ouvintes (que ajudam pessoas com dificuldade de audição e conseguem ouvir choros de bebês e sons de campainhas e telefones).
Acreditamos que com esse artigo, vocês tenham compreendido a seriedade do trabalho dos cães-guia e o quanto são fundamentais para vida de tantas pessoas. No Brasil, segundo a Lei nº 11.126 de 2005, a pessoa com deficiência visual tem direito de entrar com seu cão-guia em qualquer lugar, seja estabelecimento público ou privado.
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Escrito por Cuide bem do seu Pet, no dia 05/05/2023
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